Motoristas param e moradores de Embu ficam sem ônibus pela manhã após gestão Ney não fazer repasse

Sem receber salário no 5º dia útil, trabalhadores da empresa JTP só aceitaram retomar a operação, pelas 7h, após a promessa de pagamento ao longo do dia

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Ônibus começam a deixar a garagem por volta de 7h após funcionários terem promessa de receber o salário ao longo do dia; gestão Ney não fez repasses à empresa | Divulgação

Moradores de Embu das Artes ficaram sem ônibus municipal nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (8) por causa de uma paralisação de motoristas e demais funcionários da concessionária, a JTP. Surpreendidos, os passageiros esperaram os coletivos nos pontos em vão. Os trabalhadores pararam por atraso no pagamento por “má gestão” do governo Ney Santos (Republicanos). Com cerca de 80 ônibus, o sistema tem 15 linhas que atendem 30 mil usuários por dia.

Os funcionários informaram que não receberam o salário no quinto dia útil, conforme convenção coletiva. O governo Ney não realizou repasses à companhia. Apesar do não comunicado de greve com 72 horas de antecedência, como determina a legislação sobre serviços essenciais, os trabalhadores só retomaram a operação após a promessa de pagamento ao longo do dia. Por volta de 7h, o transporte começou a ser normalizado – os coletivos deixaram a garagem.

O governo já estaria em atraso com a empresa e chegou a assumir compromisso de regularizar o repasse, mas não cumpriu. Após a greve, teve que refazer acordo. O vereador Abidan Henrique (PSB) relatou que “a população acordou cedo para trabalhar e não tinha ônibus rodando na cidade”. “Há um histórico de atraso nos pagamentos aos profissionais do transporte”, acusou, ao apontar que o atraso é a tônica da gestão Ney, frequente em outra área vital.

“Estamos denunciando o atraso [de repasse financeiro] na saúde – [provocando] falta de médico etc -, e agora mais um episódio de caos, culpa da falta de planejamento e da péssima gestão na cidade. O ‘Carnanejo’ [shows de sertanejos no Carnaval] não estava planejado, o prefeito vai desembolsar R$ 2 milhões. Aí a gente entende porque falta dinheiro para o transporte e a saúde, o prefeito não sabe fazer gestão e está gastando com outras coisas”, afirmou Abidan.

Ney “fingiu” que o transporte municipal não parou e não se manifestou. Porém, a população foi afetada pela paralisação. “Isso é uma falta de respeito com a população. Estou sem trabalhar e justamente hoje que tinha uma extra para fazer não teve ônibus de manhã”, disse Marilene Barbosa da Silva, na rede social. Ele falou que o prejuízo foi maior. “E infelizmente um dia de trabalho que perdi, assim como meu filho, que não foi para escola”, completou.

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