Após chuva, Régis Bittencourt alaga à noite e fica intransitável por mais de 18 horas no km 276 em Embu

Água acumulada cobriu parcialmente até caminhões; carro ficou só com a traseira visível e ocupantes saíram a nado; trabalhadores chegaram atrasado ao emprego

Especial para o VERBO ONLINE

Régis Bittencourt intransitável na manhã desta 4ª-feira, e carro praticamente submerso; estrada continua sem previsão de desobstrução total | Leitora do Verbo/TV Globo

A chuva que caiu na região na noite desta terça-feira (31) deixou a rodovia Régis Bittencourt alagada nos dois sentidos (capital paulista e Curitiba) na altura do km 276, em Embu das Artes, por volta das 20h. O trecho continua intransitável, em mais de 18 horas de bloqueio da estrada federal, o que gerou inúmeros transtornos para moradores e trabalhadores do local e motoristas. A água acumulada cobriu parcialmente veículos, entre eles carros e até caminhões.

Um carro vermelho foi quase “tragado”, ficou só com a traseira para fora da água. Um vídeo gravado pela TV Globo mostra os ocupantes ao deixar o veículo ilhado e sair nadando na Régis. Um micro-ônibus do transporte intermunicipal também ficou em meio ao rio em que se transformou a rodovia. Os passageiros só foram resgatados, por um caminhão-guincho, no fim da manhã, após quase 16 horas presos dentro do veículo sem poderem sair por causa do alagamento.

Uma gestante que estava em um carro sem poder sair do lugar na Régis passou mal e teve de ser levada de ambulância para um hospital da região. Ainda pela manhã, por volta das 9h, a rodovia registrava dois quilômetros de congestionamento no sentido Curitiba e seis em direção a São Paulo. Às 6h30, a fila de veículos para a capital era pior, oito quilômetros. O bloqueio gerou lentidão em outras rodovias na região, como o Rodoanel, e também em vias urbanas.

Durante a manhã, a avenida Rotary, em Embu, alternativa à Régis, teve grande congestionamento em direção ao centro do município como reflexo da interdição da rodovia. “Ainda ‘tô’ parada aqui perto do Parque Pirajuçara. Aff. Vou chegar atrasada”, disse uma empregada de empresa no Parque Industrial. Por ter saído cedo, ela conseguiu chegar ao trabalho 30 minutos depois do horário. “Não tem funcionários aqui”, disse, por causa do “nó” no trânsito na região.

A cada chuva forte, a Régis Bittencourt na altura do km 276 sempre alaga e depois tem escoamento da água, mas desta vez a inundação persiste – sem previsão de liberação. A cheia teria como causa a passagem subterrânea de águas pluviais na rodovia no trecho considerada já “obsoleta”, estreita, e também uma obra inconclusa no local. Mas o problema se agravou nos últimos anos após a construção de vários prédios residenciais de cooperativa às margens da estrada.

O vice-prefeito Hugo Prado (MDB) culpou a Arteris pela cheia na Régis. “Continuaremos cobrando providências definitivas da concessionária, já que ela é a única responsável pela obras que acabarão com esse problema crônico”, disse em nota. O VERBO contatou a Arteris para se posicionar. Mas a prefeitura é vista como responsável, com suposta liberação a emprendimentos sem prever impacto. “Aterros ilegais, condomínios etc. Segue o jogo inescrupuloso”, observou um morador.

> Colaborou a Redação

comentários

  • DESCASO TOTAL.. EMPURRA EMPURRA “ARTERIS” “PREFEITURA” E VICE VERSA. AUTORIDADES SÉRIAS DO PAIS TEM QUE DAR UM BASTA NESSA SITUAÇÃO RECORRENTE. PELO AMOR DE DEUS !!!!

  • Culpar os outros é fácil, agora reconhecer que a prefeitura tem culpa nesse B.O, é outra história.
    As construções destes novos e imensos condomínios não tem o devido estou do impacto ambiental, dos destinos do aumento vc onsideravel nos esgotos e muito menos no atendimento à saúde, pois eu com muitos novos moradores no município havia de se esperar um aumento na demanda, já falharam quando construíram essas logísticas, pois não houve mudança significativas no o tráfego, apenas mudaram algumas ruas pra mão única, ao meu ver isso não resolve muito apenas aumenta o consumo do combustível nos obrigando a dar voltas imensas.

  • Eu parei no alagamento era 19:45hs, uma hora depois liguei na concessionária e tive que escutar que tinha uma equipe no local drenando a água, eu estava há 15 metros da água, não tinha ninguém ali para ajudar, nem concessionária, nem PRF. Uma viatura chegou as 22:30 mas nada podia fazer, atravessou a água e parou do outro lado e foi só.
    Era perto da meia noite qdo algumas pessoas como eu resolvemos voltar na contramão até a Liotecnica, desce do carro, pede para afastar daqui e dali e deu certo, quem veio atrás conseguiu chegar, quem acreditou que iria ter um fim de deu mau infelizmente.

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