O governo Ney Santos (Republicanos) voltou nos últimos dias a testar a paciência e causar revolta e sofrimento a moradores com a gestão da saúde – marcada por escassez de profissionais e insumos, loteamento de cargos, atrasos no repasse de recursos à gestora, demora e calote no pagamento de salários e rescisões, corrupção milionária e mortes de pacientes por negligência. Em novo capítulo do “caos” no serviço, munícipes protestaram contra a falta de médicos.
A gestão do “descaso” não poupa nem os mais frágeis. Na antevéspera do Ano Novo, no último dia 30, a moradora Danielle Alves encaminhou o filho de 7 anos para ser atendido no Pronto-Socorro Infantil de Embu das Artes, mas a unidade não tinha pediatra. “Ele estava com uma dor abdominal forte, vômito e já havia tido febre em casa. Eu estava no trabalho e pedi para minha prima levar ele no PS de Embu, que eu ia encontrar ela lá”, diz, em relato ao VERBO.
“Porém, quando minha prima chegou lá, não tinha médico na pediatria. Ele estava gritando de dor. Ela foi até a entrada de emergência, mas disseram que não poderia atender ele lá. Ela pediu na recepção que alguém chamasse algum médico, mesmo um clínico que pudesse atendê-lo. Disseram que não teria como. Foi então que ela fez o vídeo”, conta Danielle. Na filmagem, a parente da mãe anda pelo PS e mostra outras crianças desassistidas.
“Olha o menino com dor, e a bosta deste pronto-socorro aqui não tem um, um médico para atender. Olha o tanto de criança aqui esperando para ser atendida, e não tem um médico pediatra para atender!”, protesta a prima de Danielle, no vídeo, ao mostrar o garoto sentado no chão e depois em uma cadeira do lado de fora do PS, na triagem, gemendo (“está doendo!”), além de outras mulheres com crianças no colo à espera de atendimento, em unidade com ar de abandono.
A criança não chegou a permanecer uma hora no PS. “Porque logo cheguei. Ele só passou na triagem. Foi a única coisa que fizeram, não tinha médico. Antes de eu fazer a ficha, ela [recepção] olhou para minha casa e falou assim: ‘Não tem médico. Vai querer passar pelo menos na triagem?”, lembra Danielle. Ela já tinha levado o filho ao PS um dia antes e foi orientada a voltar para ver o resultado de exames. Na ocasião, diz, já foi preciso uma atendente ir “atrás de um médico”.
“Sinceramente, é difícil encontrar palavras para descrever o que senti, ao ver meu filho aos gritos, pálido e nenhum médico para atender. A saúde de Embu é lamentável. E não é de hoje. Há dois anos, ao ganhar a minha fila na maternidade, pedi a enfermeira que chamasse um médico porque a nenê esta nascendo, mas ela estava ocupada, batendo papo com um colega. Depois que ela já estava nos meus braços que me chamaram um médico”, recorda Danielle.
“Um PS infantil não ter médico é um absurdo, e me fez relembrar vários episódios de descaso”, afirma Danielle. Apesar do protesto da parente e da indignação também da mãe, nenhum médico apareceu no PS. A moradora decidiu levar o filho para o pronto-socorro para crianças de município vizinho, de Taboão da Serra – situação frequente diante da gestão da saúde de Embu precária. “Se tivesse ficado com meu filho lá, ele não teria sido atendido”, lamenta.
Se o problema “crônico” afeta o PS Infantil, imagine a unidade para adultos. Outro morador procurou este portal para denunciar que nesta terça-feira o PS Central também não tinha clínico. “Estou no pronto-socorro desde as 4 horas da manhã e não há médico no local. Segundo a administração, eles não sabem o paradeiro do superior que resolve a situação. Longas filas de espera. Falta de respeito”, disse Nelson Bispo. Só por volta de 9h chegou um médico – um somente.
Em apenas seis anos, o governo Ney já teve quatro empresas privadas contratadas para gerir os prontos-socorros de Embu. Atualmente, é a INCS (Instituto Nacional de Ciências de Saúde). Curiosamente, mesmo com a troca de gestora, os velhos problemas se repetem – “nunca melhora”, dizem pacientes -, em indicação de que a administração é a responsável. Esquema de corrupção em contrato da prefeitura com a AMG, com desvio de R$ 40 milhões, foi alvo da Polícia Federal.
Funcionários das empresas contratadas por Ney se queixam com frequência de atrasos de salários – além de ex-colaboradores de gestoras desligadas reclamarem de não recebimento de direitos. A INCS só pagou a primeira parcela do 13º salário dos empregados uma semana após o prazo, em 7 de dezembro. O não pagamento em dia, entre outras más condições de trabalho, levaria funcionários a faltar. Questionado sobre a falta de médicos, Ney não respondeu.
VEJA FAMÍLIA RECLAMAR DE FALTA DE MÉDICO NO PS INFANTIL DE EMBU
Esse embu está uma calamidade em relação a saúde, nada funciona aq no embu , prefeito Ney Santos cadê a verba para a saude
Vcs reclama tanto nas redes sociais. Quando chega o dia de retribuir nas eleição tirando fira os lixos de Vereadores e prefeitos..eles vao dar uma cesta basica faz um festinha para os trochas ekes acaba sendo eleitos de novo…no No seguinte vcs vem reclamar de novo
Pois é…O natal.foi iluminado com todo dinheiro que poderia ter sido usado para melhorar a saúde…
Mas o povo gosta de ver a praça iluminada ….e reclamar quando não tem médico.🙄