Da frota ‘superfaturada’, governo Aprígio anuncia aquisição de dez motos para GCM, além de 2 carros

Comandante diz que com novos veículos GCM prestará atendimento 'mais rápido' à população; pelo menos 8 motos tiveram sobrepreço de mais de 50%

Especial para o VERBO ONLINE

Novas motos para GCM de Taboão, dez no total, segundo a gestão Aprígio; movimentação de maior número de viaturas fortalecerá segurança na cidade, afirma comandante | PMTS

O governo Aprígio (Podemos) anunciou no último dia 14 que a Guarda Civil Municipal de Taboão da Serra ganhou 12 novas viaturas, dez motocicletas e dois carros. Diz que os veículos “vão oferecer maior proteção à população, que agora terá acompanhamento ainda mais pontual pelas ruas da cidade”. Não cita a guarda dos prédios da prefeitura, que são alvo de furto generalizado – há cerca de 20 dias, o Centro de Especialidades Médicas teve um ar-condicionado levado.

“Adquirimos duas viaturas quatro rodas e nove motocicletas que vão se juntar aos demais veículos que nós temos, além de transformar uma moto em viatura. Assim, vamos atender melhor a população de Taboão da Serra, já que o atendimento será muito mais rápido. Além do mais, com a movimentação maior desse grande número de viaturas, a gente tende a inibir a prática de crimes, como furtos e roubos”, diz o comandante Nivaldo Menocci, segundo o governo.

De acordo com o Executivo, as 12 viaturas foram compradas com recurso de emenda impositiva dos vereadores Anderson Nóbrega (MDB) e Alex Bodinho (PL). Segundo o VERBO apurou, porém, a maioria dos novos veículos de duas rodas adquiridos que entraram em operação faz parte da frota “superfaturada”. Reportagem deste portal publicada em 17 de novembro mostrou que o governo Aprígio comprou oito motocicletas por preço acima do de mercado.

Em contrato assinado em 8 de setembro, a gestão fez “aquisição de 8 motocicletas” do “modelo trail” (Yamaha XTZ 250 lander) pelo valor de R$ 36.694,66 cada. Tabela Fipe aponta que a moto de mesma marca e modelo tinha naquele mês valor unitário de R$ 24.133,00. Ou seja, o Executivo pagou 52% mais caro por unidade – como adquiriu uma frota, deveria ter desembolsado ainda menos. Na prática, pelo preço de mercado, daria para ter adquirido 12 motos, e não apenas oito.

“Estão em contrato. E já foram disponibilizadas. Foram adquiridas por um valor superior ao de tabela, e estão jogadas no COI [central de videomonitoramento] há quase um mês, ao relento”, denunciou um servidor da prefeitura a este portal, em 24 de outubro, sobre também a não utilização da frota. Em 16 de novembro, ele voltou a relatar que as motos “estão paradas do mesmo jeito que chegaram, sem uso”. Finalmente, segundo anúncio, foram incorporadas ao patrulhamento.

RELEMBRE Aprígio compra motos para GCM 50% mais caro e ainda deixa 2 meses ao relento

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