GCM Silva, de Taboão, assassinado em SP, era trabalhador e dedicado à família, afirmam colegas

Especial para o VERBO ONLINE

GCM Silva, assassinado no Grajaú; polícia investiga tentativa de assalto ou execução; agente tinha 52 anos, 20 de corporação, e deixa mulher e 7 filhos | Divulgação

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O guarda civil municipal de Taboão da Serra Wilson Rosa da Silva, o GCM Silva, era um homem trabalhador e muito dedicado à família, que devotou longos anos no cuidado ao pai enfermo, não media esforços para levar o sustento para o lar e batalhava muito para conquistar os objetivos que traçava. É como os colegas de corporação ouvidos pelo VERBO definem o agente. O GCM Silva foi assassinado a tiros nesta quarta-feira (9) na zona sul de São Paulo.

Durante folga, o GCM Silva estava de moto no Grajaú (zona sul da capital) quando foi surpreendido por dois bandidos que ocupavam uma Twister vermelha. À luz do dia, pela manhã, os criminosos teriam chegado já atirando, sem que o guarda pudesse se defender. O GCM foi atingido por três disparos no abdômen. Ele chegou a ser levado por uma ambulância até o pronto-socorro local, mas não resistiu aos graves ferimentos. O agente teve a arma roubada.

A polícia investiga se Silva foi vítima de assalto ou execução. Consternados com o fato, os GCMs manifestaram grande luto pela morte do companheiro de farda azul. “Era um cara família, sua dedicação pelos familiares era invejável. Trabalhava direto para prover o sustento do lar, virava plantão de 12 horas, seguido de ‘bico’, e muitas vezes ainda fazia hora extra. Era batalhador, respeitador, brincalhão. Grande perda!”, disse um agente, longevo na Guarda.

Uma guarda feminina também destacou a atenção do GCM com os familiares, em não desamparar os mais necessitados e quem contribuiu de forma decisiva para ser uma pessoa de bem, além do esforço em progredir na carreira. “O Silva era um homem que lutou muitos cuidando o pai, doente. Sempre foi muito dedicado à família, há algum tempo havia se convertido e abraçou a Deus. Trabalhava muito para conquistar seus objetivos”, comentou.

Mesmo agentes que não tiveram muita convivência com o GCM Silva na corporação puderam notar e destacaram a índole do colega. “Não tinha muito contato pelos plantões serem diferenciados. Mas foi sempre foi muito respeitoso, um cara muito bacana, alto astral, bem humorado, tratava todo mundo bem. Super responsável, pai de família. Imparcial, sempre na dele. Sempre trabalhou corretamente. Não tem nada que o desabone”, disse outra GCM.

“A gente sente muito, somos uma corporação. Quando um vai embora, independente de se ter contato diário ou não, é um pedacinho da gente que vai junto”, completou a agente. Silva era um dos membros mais antigos da Guarda. Ingresso em 2002, o GCM tinha completado 20 anos de instituição e era 1ª Classe. Aos 52 anos, ele deixa mulher e sete filhos. Ele será velado e sepultado nesta sexta-feira, a partir das 11h, no Cemitério Valle dos Reis, em Taboão.

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