ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Os vereadores de Embu das Artes aprovaram no mês passado, no dia 11 de outubro, reajuste de salário e ainda 13º e férias a partir da próxima legislativa (2025-2028), aos futuros eleitos da Câmara Municipal. Potenciais candidatos a novo mandato, na prática, eles votaram a favor dos valores extras para si. O projeto de resolução 3/2022, de autoria do presidente Renato Oliveira (MDB) e demais membros da mesa-diretora, teve aprovação de 14 parlamentares.
Os vereadores reajustam o “subsídio” a cada legislatura, para o período seguinte, mas “inovaram” e criaram – para si – o 13º e férias remuneradas, que não existiam. Abidan Henrique (PSB) foi contra o projeto. “Eu considero um absurdo, em meio a uma crise econômica que o nosso país vive, e com o município tendo diminuído a arrecadação nos últimos anos, os vereadores colocarem um projeto para aumentar suas regalias para o próximo mandato”, disse.
“Está sendo votada uma fixação que aumenta o salário dos vereadores, e a regalia do 13º para os vereadores, que no total, no ano, vai dar mais de R$ 215 mil de gastos dos cofres públicos. E também o aumento, dando direito a férias para os vereadores, que vai dar mais de R$ 70 mil. Se contar os quatro anos da próxima legislatura, serão mais de R$ 1.200.000,00 de regalias”, apontou Abidan, único de oposição ao governo Ney Santos (Republicanos) na Casa.
Ele criticou o projeto ao comparar com a baixa receita de áreas importantes. “Como os senhores vereadores querem colocar R$ 300 mil no bolso na próxima legislatura se por ano o município investe só R$ 50 mil em fomento à cultura. Para saneamento por ano, o prefeito está prevendo investir R$ 20 mil só. O R$ 1.200.000 dava para reformar uma escola como a Armando Vidigal [para alunos com deficiência]. Conseguimos a reforma após muita luta”, afirmou.
Bobilel Castilho (PSC) defendeu o reajuste, o 13º e as férias para os vereadores, mas falou que os membros da Câmara não têm privilégio. “Eu acho uma hipocrisia um vereador subir num palanque para falar que a gente está tendo regalia”, disse. Ele chegou a sugerir ganhar pouco. “O salário do assessor é R$ 11 mil. Do vereador, R$ 8.600”, disse, ao dar uma de “esperto” – ele citou a remuneração bruta do funcionário, mas a líquida do vereador.
Ainda assim, Bobilel enganou o público. O salário do chefe-de-gabinete, a quem se referiu como “assessor”, é de R$ 11.048,95, e o de vereador de Embu, de R$ 11.657,54 – os valores constam no site da Câmara, apesar de não tão simples de encontrar, “escondidos”. Bobilel é conhecido por falar publicamente que “ganha muito bem”, sem constrangimento, apesar de embolsar quase cinco vezes mais o ganho médio do trabalhador embuense (R$ 2,5 mil).
O projeto acabou aprovado, com voto de Gilson Oliveira, Gideon Santos, Dedé, Índio Silva, Cesar Begalli (todos do Republicanos), Abel Arantes, Joãozinho da Farmácia (ambos do PL), Aline Santos, Lucio Costa (ambos do MDB), Betinho Souza (PSD), Alexandre Campos (PTB), Sander Castro (Podemos), Adalto Batista (PSDB) e Bobilel. Gerson Olegário (Avante) não votou, por presidir a sessão – Renato estava ausente, apesar de coautor da propositura.
O salário dos vereadores, entre 2025 e 2028, passará para R$ 12.661,12. Conforme a resolução aprovada, “o vereador terá direito a: gozo de férias anuais remuneradas (30 dias), com um terço a mais do subsídio normal; décimo terceiro subsídio, com base no valor integral do subsídio”. Os 14 vereadores “neyzistas” demonstraram pressa em legislar em causa própria, ao apreciar o projeto de resolução em regime de urgência a três anos ainda da próxima legislatura.
VEJA SALÁRIO DO CHEFE-DE-GABINETE (’35-E’), ‘ASSESSOR’ CITADO POR BOBILEL, E DO VEREADOR DE EMBU
VEJA VOTAÇÃO DOS VEREADORES SOBRE REAJUSTE SALARIAL, 13º E FÉRIAS PARA LEGISLATURA 2025-2028
Sou de Santos e acompanho esses vereadores de todo Estado de São Paulo. Muitos lutam sozinhos e são fiéis às regras estatutárias do Partido, porque são os poucos partidos, todos da Esquerda, que nos defendem, ou seja, a classe mais baixa da pirâmide. Como a vergonha na cara está em baixa, e a imprensa PIG também faz por evidenciar políticos safados e sem vergonhas como se “fossem celebridades”, muito politico tóxico no Congresso e nas Câmaras das prefeituras vivem seus dias de gloria às custas do sangue e suor alheio. Maior exemplo: Lira.
Eu acho um falta de consideração com a população na hora de pedir voto eles falam que vão fazer um monte de coisa quando entra esquece de tudo fala que não tem verba e ainda joga a culpa no prefeito que pelo visto foi um dos poucos que foi contra visando o melhor para a cidade mas fazer o que nos temos cara de besta mesmo
Parabéns a ao prefeito NEY SANTOS pelo bom senso
Se tivesse mais meia dúzia igual voce a cidade daria gosto de morar porque é esse tipo de coisa que dá vontade de morar no interior fabio