ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O vice-prefeito José Vicente Buscarini (PSD) criticou que o prefeito Aprígio (Podemos) tenha parado ou não tenha continuado “obras importantes” iniciadas na administração passada e atribuiu a paralisação à “falta de gestão, comando e personalidade” do atual chefe do Executivo. Ele falou ao VERBO com exclusividade sobre o tema, ao fim do evento em que declarou apoio a Daniel Bogalho (Republicanos) a deputado estadual, na última quinta-feira (14).
A reportagem mencionou a Buscarini que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou obras paralisadas em Taboão. O órgão citou quatro: o novo Ser (serviço de reabilitação), a UBS Parque Laguna, a Escola de Artes (Parque das Hortênsias) e a reforma do Centro de Referência da Saúde da Mulher. Ele lembrou outra paralisada por Aprígio, o Complexo da Mulher – que ainda não foi listado pelo TCE-SP. “São equipamentos importantes”, disse.
“Eu lamento. Obra pública, quando você interrompe, perde muito dinheiro e a população sofre. O prefeito deveria se debruçar e criar um grupo de trabalho para resolver essas pendências. Se tem questão [problema] de projeto ou a empreiteira abandonou – temos que avaliar -, mas [de qualquer forma] o comandante, que é o prefeito, precisa tomar algumas atitudes para que os valores gastos não se tornem um peso maior para o município”, avaliou o vice.
Buscarini disse que Aprígio não sabe governar e não tem pulso. “Falta gestão, sim. Falta comando, sim. E falta uma equipe que assessore o prefeito de forma a dar a ele as condições para que consiga retomar as obras. Se tem questões técnicas – não tenho conhecimento, por não me darem essa informação -, mas falta, sim – uma palavra até um pouco forte -, personalidade. O governo não tem cara, não tem atitude, e quem sofre é a população”, afirmou.
“Espero que ele consiga o mais rápido possível retomar obras importantes que estão fazendo falta para a cidade, principalmente o Ser, que tem que ser um equipamento mais moderno; a unidade do Laguna, que é fundamental; o Complexo da Mulher, que é fundamental”, pontuou Buscarini. Segundo o TCE, Aprígio parou as quatro obras ainda no primeiro semestre de 2021, ao custo de R$ 13,3 milhões, cerca de 2,7 milhões a mais que o valor contratado.
Buscarini sugeriu que a gestão Aprígio, em relação à dos gestores anteriores, é um mau exemplo de administração. “Aí [está] a diferença de um governo Buscarini e de outros que passaram [pelo Executivo]. Eu nunca interrompi uma obra de ninguém, muito pelo contrário, sempre procurei melhorar aquilo que já era bom. Aquilo que não era tão bom, [decidia] ‘vamos fazer melhor’, e os prefeitos que me sucederam tinham a mesma visão”, comentou o vice.
Buscarini indicou que Aprígio é despreparado. “É uma pena, está perdendo a grande oportunidade de mostrar, primeiro, capacidade administrativa. E, segundo, que é capaz de melhorar a vida dos munícipes. Eu só tenho que lamentar, essa é a grande verdade”, afirmou. Ele foi expulso do governo há 10 meses, em setembro de 2021, após Aprígio alegar que o vice tramava para que fosse derrubado do cargo – admitiu, porém, que agiu por “ouvi dizer”.
Durante anúncio do apoio ao engenheiro Daniel, Buscarini fustigou Aprígio ao dizer que o agora desafeto fez um aliança equivocada com o prefeito Ney Santos, de Embu das Artes, que acabou em rompimento entre os dois. “Está aí o resultado, a história é o senhor da verdade. E está aí hoje a situação do governo, que vai de mal a pior”, disparou. Ele disse que quando um governo é ruim só piora com “questão econômica” desfavorável, ao se referir a Aprígio.
OUÇA O VICE BUSCARINI LAMENTAR OBRAS PARALISADAS POR APRÍGIO, POR FALTA DE GESTÃO E COMANDO