Ministério recomenda Coronavac para crianças de 3 a 5 anos e já orienta municípios a usar estoques

Especial para o VERBO ONLINE

Frascos de Coronavac; vacina do Butantan já pode ser aplicada em crianças de 3 a 5 anos, com duas doses, em intervalo de 28 dias | Marcelo Camargo/Agência Brasil

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo

O Ministério da Saúde decidiu recomendar a aplicação da vacina Coronavac, contra covid-19, para crianças de 3 a 5 anos. Em informe nesta sexta-feira (15), a pasta orientou que os estoques já existentes nos Estados e municípios devem ser utilizados também no novo público. A decisão será formalizada em nota técnica, mas o secretário-executivo do ministério, Daniel Pereira, disse que as secretarias de Saúde já estão autorizadas a realizar a vacinação.

O ministério disse para os Estados e municípios usarem os lotes que possuem, mas explicou que “segue em tratativas para aquisição de novas doses”. A pasta recomentou a Coronavac após ouvir a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), na mesma direção da Agência de Vigilância Sanitária. Na quarta-feira (13), a Anvisa seguiu recomendação das áreas técnicas e liberou a imunização com duas doses da vacina, em intervalo de 28 dias.

O ministério que fez a recomendação baseada na decisão da Anvisa, que foi fundamentada em diversos estudos nacionais e internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças. As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da agência.

Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da Coronavac contra a hospitalização de crianças que testaram positivo para covid-19. As crianças que participaram dos estudos clínicos também apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos. No Brasil, dados mostraram que reações graves após a vacinação foram consideradas raras e raríssimas. A Coronavac é produzida no país pelo Butantan.

comentários

>