Após fechar Saúde da Mulher, Aprígio abandona reforma, e prédio é vandalizado

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Quase um ano depois de Aprígio fechar Centro de Referência da Saúde da Mulher, obra de reforma e ampliação está abandonada, mostram vídeos | AL/Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A obra de reforma e ampliação do Centro de Referência da Saúde da Mulher (CRSM), na região da Vila Iase, está abandonada. Um vídeo publicado no sábado (18) na internet mostra o prédio sem praticamente nenhum trabalho de recuperação e muito deteriorado. O governo Aprígio (Podemos) tem se notabilizado por paralisar construções iniciadas pela gestão Fernando Fernandes (PSDB), como a UBS Parque Laguna, em prejuízo para a população.

Com a reforma, o primeiro andar deve receber farmácia de alto custo e salas para exames como ultrassom, mamografia e coposcopia e intervenções mais complexas, a exemplo de endoscopia, broncoscopia. O segundo andar, em que consiste a ampliação, terá atendimento de gestantes com gravidez de risco e bebês com patologias, grupo de apoio e estímulo à amamentação, além de consultórios de mastologia e ginecologia e anfiteatro.

A obra era tocada desde agosto de 2020, e o CRSM ainda atendia. No início do ano, em 26 de janeiro, porém, Aprígio interditou o equipamento sob alegação de que o prédio foi afetado pelas chuvas e encheu de lama, “sem as mínimas condições de atendimento”. A gestão remanejou os serviços do centro para quatro unidades de saúde em diferentes pontos da cidade, mas com assistência muito precária, relatou um conselheiro de saúde à reportagem.

À época, o governo não disse o tempo de duração da interdição. Um morador filmou o interior do prédio, com paredes quebradas e sem acabamento, peças dos sanitários destruídas, quadros de força e luz sem mais fios, madeiras espalhadas pelo chão, grandes poças de água. “Lá não tem mais fiação nenhuma, não tem mais nada, não tem mais um vaso inteiro, tudo quebrado”, comentou o homem que fez as imagens, ao relatar vandalismo.

O morador diz ter gravado o vídeo no próprio sábado. O governo tomou providência contra a invasão do prédio, mas só após a “tramela arrombada”. “A prefeitura foi lá e tampou as entradas, mas estava tudo arreganhado. Soldaram um portão para os ‘noias’ não entrar mais”, contou. Sem ação de proteção ao patrimônio, o governo Aprígio “assiste” a equipamentos vandalizados e furtados, como a Arena Multiúso e até a EMI Tio Barnabé.

A obra custa R$ 1,4 milhão. O recurso foi repassado pelo Estado por meio de emenda da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB). Em dezembro de 2020, em vistoria à obra, Fernando advertiu que Aprígio não ia ter justificativa para paralisar. “Dinheiro garantido através da emenda, não terá nenhuma explicação para que a obra não seja concluída”, disse. Mas a gestão já extrapolou o prazo de término, que era agosto. Questionada, não respondeu.

VEJA OBRA DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA SAÚDE DA MULHER, ABANDONADA, SOB O GOVERNO APRÍGIO

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