ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo
O governador João Doria (PSDB) solicitou ao Comitê Científico do Governo de São Paulo nova avaliação sobre a necessidade do uso de máscaras em ambientes abertos, após a confirmação de dois casos em São Paulo (um casal vindo da África) com a variante ômicron do coronavírus (B.1.1.529). O parecer deve ficar pronto na próxima semana. No último dia 24, Doria anunciou a desobrigatoriedade da proteção ao ar livre a partir de 11 de dezembro.
Os casos de ômicron são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, missionários brasileiros que moram na África do Sul e vieram visitar parentes na capital, na zona leste – não há registro de que se vacinaram. “Precisamos saber o impacto da nova variante com a flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos. É necessário ter cautela e avaliar esse novo elemento. O nosso compromisso é com a saúde da população”, disse Doria.
Contudo, segundo o G1, ao anunciar a flexibilização, o Estado não tinha atingido as próprias metas de redução dos indicadores da pandemia que tinha estipulado. Além de a vacinação completa não ter alcançado 75% da população, a média diária de casos estava em 1.289, quando a meta era 1.100; a média diária de mortes estava em 61, quando a projetada era abaixo de 50; e a de internações por covid-19 estava em 318, quando a meta era abaixo de 300.
Nesta terça-feira (30), o Estado tem 75,8% da população com esquema vacinal completo, ou seja, com duas doses do imunizante do Butantan/Coronavac, da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, além da dose única da Janssen. Se considerada apenas a população adulta, São Paulo tem 93,7% das pessoas completamente vacinadas contra a covid-19. O uso das máscaras continuará obrigatório em ambientes fechados e no transporte público.
