ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Dirigentes do PT de Taboão da Serra se reuniram no último mês de setembro, no dia 16, com o prefeito Aprígio (Podemos) para, segundo um militante, “apresentar” a direção municipal do partido – como aliado do governo, com cargos na prefeitura, o PT pediu a audiência para “mostrar o crachá” (“quem é quem”) da sigla para o “chefe”. Porém, chamou a atenção a ausência do vice-presidente municipal do PT, Gerusael Ribeiro, o Geru.
“Ele não foi porque o Aprígio odeia o Geru. O prefeito quer ver o satanás, mas não quer ver o Geru por causa daquela situação na campanha”, disse um membro do PT. Líder do Coletivo de Negras e Negros, Geru foi quem anunciou que Aprígio “é o primeiro candidato que não assina” a “carta-compromisso” – na qual o grupo reivindicava a criação da secretaria do negro, entre outros pontos. Após ataques de Aprígio, Geru o chamou de “racista”.
O fato inusitado é que a direção do PT aceitou excluir Geru da comitiva como uma concessão para não contrariar Aprígio, mesmo se tratando do vice-presidente, segundo um petista. “Foi para preservar os espaços no governo”, ironizou. Questionado pelo VERBO, Geru negou ausência forjada. “Infelizmente, não consegui participar porque tinha uma consulta médica. Não houve nenhuma decisão do partido com relação a essa questão”, disse.
Mas o presidente do PT de Taboão indicou que Geru não compareceu mesmo para evitar desgaste com Aprígio. Procurado via mensagem de texto, Mauricio Lourenço fingiu não ter visto o contato. Porém, conforme apurou a reportagem, ele contou a petistas que evitou falar com este portal e parabenizou Geru por “não expor o PT”. Ele disse que a causa do coletivo era uma “luta” do partido, mas agora é passado – para não “atrapalhar” a aliança.
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………..Aprígio é ‘mentiroso’ ao dizer que eu o listaria como racista se não assinasse, diz líder do Conegro