ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A deputada federal Ely Santos (Republicanos), que assumiu uma cadeira no Congresso Nacional no dia 9, realizou neste domingo (21) o “evento de posse” em Embu das Artes e disse que “lutará” para “melhorar a região”. Irmã do prefeito Ney Santos (Republicanos), Ely era a segunda suplente ao perder a eleição em 2018, com 49.426 votos, e “herdou” a vaga a pouco mais de um ano do fim da legislatura, mas a expectativa é que deixe o cargo bem antes.
Ely foi recebida por centenas de correligionários e políticos da região. “Hoje é um dia muito especial para mim e para toda a região. Estarei em Brasília diariamente lutando pela nossa região do Conisud e pela Grande São Paulo. É um dia muito especial, a nossa região não tinha representante federal. E meu gabinete está de portas abertas para receber os prefeitos da região e poder melhorar a região, em todos os sentidos”, disse a parlamentar.
Na primeira votação como deputada federal, membro da base de apoio do governo Jair Bolsonaro (sem partido), Ely ajudou a aprovar, em segundo turno, a PEC dos Precatórios (a “PEC do Calote”), que permite ao Executivo adiar pagamento de dívidas, furar teto de gastos e pagar o “Auxílio Brasil” (ex-Bolsa Família) de R$ 400 em 2022. A região (6 cidades) não tinha um representante em Brasília desde 2005 – Evilásio Farias (1999-2004) era o último no cargo.
Após sofrer a derrota no Tribunal Superior Eleitoral e ficar inelegível até 2024, Ney articulou para Ely assumir o cargo. Ele não escondeu a empolgação com o mandato da irmã, após fracassar em tentar o feito em 2010 ao ter 40.321 votos – chegou a reunir cabos eleitorais para se promover em atos do plebiscito pela mudança do nome de Embu e do projeto de universidade federal e aparecer em material de campanha ao lado de caciques petistas.
“É motivo de muita alegria participar da posse de uma deputada federal, especialmente da minha irmã. A Ely conhece as dificuldades [da região], porque nasceu e foi criada em Embu e vai nos representar muito bem”, disse Ney. Na verdade, Ely é nascida em São Paulo – em março, recebeu o título de “Cidadã Embuense”, concedido por vereadores aliados do irmão. Ela também não mora em Embu – vive e tem domicílio eleitoral em Taboão da Serra.
Apesar da “festa”, Ely ficaria no cargo eletivo só até o início do ano que vem. “O acordo é para que ela fique no mandato só por três ou quatro meses”, disse um membro do próprio governo próximo a Ney. Porém, sem poder concorrer a deputado federal como tinha anunciado, com o revés na Justiça Eleitoral, Ney lançará a irmã à reeleição em 2022. Nesta segunda-feira, Ely visitou prefeitos e outros líderes políticos em Juquitiba, Embu-Guaçu e Taboão.
