ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Em abril, na entrevista em que Aprígio (Podemos) se irritou ao ser questionado sobre o combate à covid-19 e xingou o repórter do VERBO Adilson Oliveira de “filho da puta” – fato que completa seis meses nesta sexta-feira (29) -, o assessor do prefeito Romeu Cruz Brito, após o insulto do “chefe”, quis partir para agressão ao jornalista. Ao tentar atacar a imagem do profissional, Romeu fez fala considerada racista contra as religiões afro-brasileiras.
Romeu procurou ferir o sentimento religioso do repórter, sabedor de que o profissional tem atuação em paróquia católica. “Não adianta vim monopolizar, irmão. Na saúde você está monopolizando… Você gosta de falar de morte, entendeu? Você não tem que ir para a igreja, não. Você tem que ir para o centro de macumba”, disse um dos auxiliares mais próximos de Aprígio, em referência pejorativa às oferendas das religiões originárias da África.
A historiadora Viviane Pereira condenou o ato do assessor de Aprígio. “Este senhor fez uma fala extremamente racista, cometeu racismo religioso. Não foi má colocação, ele sabe muito bem o que quis dizer. Referir-se às religiões de matriz africana como ‘macumba’ é dizer que as pessoas que frequentam terreiros de umbanda e candomblé não seriam do bem. Se ele está em um cargo em que não tem responsabilidade social, deve sair”, disse.
Só após ser orientado a se retratar por um membro do governo ante repercussão negativa, Romeu postou “que não só [sic] contra nenhum tipo de religião”, com a conhecida dificuldade de formular simples frases, apesar de ter declarado à Justiça Eleitoral ter ensino médio completo – candidato a vereador em 2020, teve pífios 204 votos. Apesar da falta de qualificação, é o assessor lotado no gabinete do prefeito com o mais alto salário, R$ 4,5 mil.
OUÇA XINGAMENTO DE APRÍGIO SEGUIDO DE FALA PRECONCEITUOSA DE ROMEU AO ATACAR REPÓRTER