Governo Ney teve ato ‘covarde’ de demitir mãe de Luan e ‘não respeita luto’ da família, diz Abidan

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Abidan chama de 'covardia' gestão Ney demitir da frente de trabalho mãe de criança que morreu após ir à UPA, e vereadores 'submissos' ao prefeito |Reprodução

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O ato do governo Ney Santos (Republicanos) de demitir da frente de trabalho a mãe do menino Luan depois de a criança morrer em consequência de diagnóstico errado na UPA de Embu das Artes foi uma “covardia” com a família, disse o vereador Abidan Henrique (PDT). A moradora Carla Gaspar foi dispensada por Ney de receber uma bolsa aos desempregados de R$ 1 mil e uma cesta básica no último dia 23 – um mês depois de o garoto falecer.

Abidan abordou o “caso absurdo” na sessão na quarta-feira (29), ao se referir à morte de Luan. “Esse jovem passou por três médicos aqui na cidade e todos diagnosticaram gases. No final, era apendicite. E, infelizmente, ele veio a falecer. Eu quero trazer uma denúncia aqui novamente sobre esse caso que é o fato de que a mãe do jovem, a Carla, era frente de trabalho, trabalhava na prefeitura, […] e foi demitida sem nenhuma explicação”, disse.

Abidan disse não falar como parlamentar, ao indicar que a postura de Ney foi um dos maiores ataques à dignidade humana. “Aí eu subo aqui [na tribuna] e tiro o chapéu de vereador – essa questão já extrapolou qualquer discussão política. E coloco o chapéu de ser humano. Como a prefeitura teve a coragem de demitir uma mãe que acabou de perder o seu filho e agora está desempregada, sem conseguir dar o que comer aos seus outros filhos?”, protestou.

O vereador sugeriu as circunstâncias em que o prefeito dispensou a mãe de Luan – dois meses antes do término do contrato do programa. “A prefeitura, em algum momento, vai ter que responder juridicamente por isso. Vai ter que responder: será que foi uma demissão política? Por que essa mãe está correndo atrás dos direitos que cabem a ela pela morte do seu filho? Será que é uma forma de fazer pressão nessa mãe? Pressão psicológica?”, acusou.

Em seguida, Abidan definiu o que a moradora sofreu. “É um ato covarde e desumano o que a prefeitura de Embu das Artes está fazendo com a mãe deste jovem. Agora ela tem os seus filhos para criar, tem que lidar com o luto de perder um filho ainda criança, o que não é fácil, e agora sem ter um emprego, sem ter uma ocupação e sem ter uma renda. Se a política desse governo não respeita o luto dessa mãe, quem que eles vão respeitar?”, alertou.

Abidan é o único vereador de oposição na Casa. Os outros 16 parlamentares são da base de Ney e fazem vistas grossas aos graves problemas da saúde em troca de cargos na prefeitura. “A minha resposta para isso tudo é ainda mais lutar contra este governo, fazer fiscalização, para que, o mais rápido possível, a gente possa ter justiça pela morte do Luan. Queria dizer como os pais dizem: Luan presente. A gente não vai desistir dessa luta”, declarou.

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