ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Na posse na Câmara de Embu das Artes, em 1º de janeiro, o vereador Renato Oliveira (MDB) fez um discurso visto como “hipócrita”, como muitos outros desde que mirou a política para embolsar dinheiro público e ter regalias – após se passar por pessoa do “bem” ao integrar o MBL, xingou moradora, perseguiu comerciante por queixa da filha contra a taxa do lixo e tentou matar um chargista. Ele gerou até asco por atitude na contra-mão da retórica.
“Minha história é marcada pela coragem no combate à corrupção, liderando as maiores manifestações da história da nossa República”, disse Renato ao iniciar o “currículo”, já com a marca – além da megalomania – da incoerência, como assinalou o militante político Tadeu Veron, em 2020. “Hoje, é candidato a vereador pelo MDB (antigo PMDB), partido que Renato chamou ‘escória do Brasil’ em comícios do MBL na Av. Paulista”, escreveu a liderança – leia aqui.
Com “ar de verdade”, mas apenas aos incautos, Renato continuou a “representar”. Ele lembrou Bruno Nascimento, “que me ajudou a sonhar, a chegar até aqui”. Porém, após se desentender com Bruno e ver o “escudeiro” apoiar outro candidato a vereador, o então secretário Denis Viana, do mesmo grupo político, Renato, assessor pessoal de Ney, não hesitou. Bruno, 29, foi exonerado da prefeitura, mesmo no leito de hospital – ele morreu de covid-19
Renato teria, porém, chegado ao cúmulo do “cinismo”, nas palavras até de membros do governo Ney, sobretudo mulheres, ao se exaltar como “arauto da moral”. “Também liderei os maiores movimentos de combate à pedofilia e erotização infantil. E é com essa coragem e trabalho que farei o melhor nos próximos quatro anos”, discursou o “nobre” vereador. Em 2016, após participar dos atos como “cidadão de bem”, ele protagonizou cena repugnante.
À época assessor de Ney, então presidente da Câmara, Renato, sentado, agarrou a perna de uma jovem, em pé, e com o rosto próximo aos seios dela, disse: “Essa é a verdadeira cultura do estupro”. A cena foi filmada. A assediada era menor. “O Renato faz apologia à cultura do estupro. Isso é uma das coisas mais graves na cidade nos últimos tempos. Vai contra a luta que fazemos, de não culpabilização da vítima”, disse uma integrante da gestão Ney.
Para se safar, Renato mentiu que a jovem era a sua mulher. Na posse, ele disse que a hoje ex-esposa “sempre terá o meu respeito”. Também usou a esposa na versão falsa que armou de que derrubou Gabriel Binho na BR-116 ao querer conversar sobre ter tido caso extraconjugal flagrado pelo chargista. Apesar de tantos atos nada edificantes, ele discursou: “Podem gritar, podem falar o que for, mas é Deus que nos escolheu, que nos fez chegar até aqui”.
OUÇA RENATO OLIVEIRA FALAR QUE LIDEROU COMBATE À PEDOFILIA E EROTIZAÇÃO INFANTIL…
…MAS FAZ APOLOGIA AO ESTUPRO AO AGARRAR PERNA DE GAROTA QUANDO MENOR DE IDADE