ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A Paróquia Santa Tereza e São João da Cruz no Santa Tereza, em Embu das Artes, foi alvo nesta quarta-feira (25) de furto, vandalismo e profanação por um homem que invadiu a igreja pelo vão de um vidro quebrado de uma janela. Ele levou boa quantia de dinheiro – estimados R$ 2 mil – que estava em cofres para ofertas, revirou armários e jogou ao chão peças do altar e o sacrário, onde ficam as hóstias, o corpo de Cristo, conforme o catolicismo.
O criminoso entrou na matriz à 1h30 da madrugada – foi filmado por câmeras de seguranças do templo. O rapaz foi apontado por moradores como usuário de drogas. Ainda como parte dos danos causados, o piso ficou com marcas de pegadas do invasor que acabaram expostas com um pó branco lançado ao chão – o produto seria dos extintores retirados dos locais. A paróquia registrou boletim de ocorrência. A igreja passou por perícia à tarde.
O ato de vandalismo causou misto de sentimentos entre os fiéis da paróquia que completa em outubro 30 anos. “O povo foi tomado por tristeza e indignação, como eu também fui, como qualquer pessoa normal, mesmo sendo sacerdote. Mas o meu sentimento maior é de misericórdia pelo menino que fez tudo isso”, disse o pároco, o padre Amauri Batista, 53, ao VERBO. Ele chegou à igreja para oração individual matinal quando se deparou com a cena.
O sacrário jogado ao chão é uma profanação e na Igreja Católica gera uma missa que será celebrada na sexta-feira (27), às 19h30, na igreja. “É de desagravo ao Santíssimo Sacramento”, disse o padre. Ele lamentou a desativação da base comunitária da Polícia Militar no bairro, que ficava a cerca de 100 metros da matriz. “Pode ter sido um fator motivador do ato. Agora, tudo que é segurança para a comunidade é bom. Tiraram a base, não é bom”, afirmou.
O morador Rafael Quintão, fiel da paróquia, criticou a inércia das autoridades. “A igreja foi invadida, o que nunca tinha acontecido, após a remoção da base da PM. Fiz abaixo-assinado, protocolei em órgãos para trazer de volta a base que evitava situações como esta pela sensação de segurança que tínhamos. Conseguimos bases móveis e aumento das rondas, mas nada substitui algo fixo. Lamentável a prefeitura não ter movido uma palha”, disse.
> Colaborou a Redação do VERBO ONLINE