Pronto-Socorro Central de Embu não tem medicamentos e insumos básicos, denuncia vereador Abidan

Especial para o VERBO ONLINE

Abidan (PDT) denuncia falta de medicamentos e insumos básicos como 'Dipirona' e papel-toalha no Pronto-Socorro Central de Embu; Ney fica calado |Reprodução

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O vereador Abidan Henrique (PDT) denuncia que o Pronto-Socorro Central de Embu das Artes não tem medicamentos e insumos básicos para prestar atendimento à população e aponta que os problemas decorrem de que o governo Ney Santos (Republicanos) não está fazendo o repasse financeiro previsto em contrato à organização privada que gerencia o PS e empresas estão se recusando a fornecer ao munícipio por medo de calote.

Abidan apresentou a situação na última sexta-feira (13), dois dias depois de passar a ser procurado por moradores e após ir ao PS, conforme relata. “Desde quarta-feira, eu tenho recebido denúncias de que estão faltando vários itens básicos aqui no pronto-socorro, desde luvas – que hoje vi aqui que está quase acabando -, papel-lençol – que já acabou – e até medicamentos, como ‘Diripona’, que não tem mais aqui no pronto-socorro”, afirma, em vídeo.

O vereador prometeu cobrar explicações do governo, mas sustentou que o desabastecimento, em parte, é reflexo da descoberta de fraude milionária na saúde municipal com desvio de recursos da União. “Esses problemas estão acontecendo por dois motivos: o repasse da prefeitura para a empresa de saúde está atrasado. Fica atrasando semana a semana, o dinheiro não vem, e os equipamentos e remédios não podem ser comprados”, afirma.

“Segundo [motivo]: depois da operação da Polícia Federal, todo mundo está com medo de trabalhar com a saúde de Embu, as empresas não querem trazer esses utensílios porque estão com medo de não serem pagas, os médicos estão com medo de vir e não serem pagos também. Isso é muito problemático”, diz Abidan. É recorrente profissionais da saúde na atual gestão receberem salário com atraso e até não receber, na troca de gestão.

“O descaso com a saúde do embuense é gritante. Deixar faltar medicamentos é colocar em risco a vida do cidadão. É absurdo que o nosso PS esteja abandonado desse jeito”, protesta Abidan, que protocolará na prefeitura cobrança de providências. Na Câmara, ele tem dificuldade de aprovar requerimento por ser o único opositor, entre 17 vereadores – eleito na oposição, Sander Castro/Mandato Coletivo (Podemos) se deixou “cooptar” pelo governo.

OUTRO LADO
O VERBO questionou o prefeito: “Abidan Henrique afirma que o Pronto-Socorro Central de Embu das Artes não tem medicamentos e insumos básicos, como ‘Dipirona’ e papel-lençol, por conta de que o senhor atrasou mais uma vez repasse financeiro à gestora e por empresas não fornecerem para o município por medo de calote – como reflexo da fraude milionária na saúde municipal identificada por operação da Polícia Federal”. Ney não respondeu.

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