Taboão, Embu e Itapecerica ainda não vacinam 1 em cada 3; São Lourenço, já 40%

Especial para o VERBO ONLINE

Campanha em São Lourenço, que já vacinou contra covid praticamente 40% da população com a 1ª dose; demais cidades da região, no máximo 30% | Divulgação

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Lourenço da Serra

O Estado de São Paulo atingiu na terça-feira (22) um terço da população vacinada com a primeira dose contra a covid-19 – precisamente 15.978.611 habitantes (34,5%) -, ou seja, uma a cada três pessoas foi imunizada. Na região, porém, sete das oito cidades ainda não alcançaram a marca, mesmo dois dias depois, inclusive as mais populosas, Taboão da Serra e Embu das Artes, por vacinarem lentamente. Apenas São Lourenço da Serra é exemplo.

Nesta sexta-feira (25), conforme balanço mais recente, três municípios da região só vacinaram 30% da população com a primeira dose – três em cada dez moradores -, ainda não atingiram nem um terço da população (33%). São eles Juquitiba (30,60%), Taboão da Serra (30,50%) e Cotia (30,49%). Os outro quatro ainda têm desempenho pior – Embu das Artes (29,26%), Embu-Guaçu (27,46%), Itapecerica da Serra (25,81%) e Vargem Grande Paulista (23,40%).

São Lourenço não só vacinou mais de 30% dos moradores, como já imunizou mais de um terço há mais de 20 dias e hoje praticamente já atinge 40%. Em relação à população, o município é o que mais vacinou na região, ocupa o 250º lugar entre as 645 cidades paulistas, com 39,74% dos munícipes protegidos com a primeira dose – Juquitiba é o 552º, Taboão – 555º, Cotia – 556º, Embu – 579º, Embu-Guaçu – 614º, Itapecerica – 620º, e Vargem Grande – 634º.

Em números absolutos, São Lourenço (15.978 habitantes) vacinou com a primeira dose 6.349 pessoas; Juquitiba, 9.684 (população de 31.646); Taboão, 89.555 (de 293.652); Cotia, 77.326 (de 253.608); Embu, 80.927 (de 276.535); Embu-Guaçu, 19.193 (de 69.901); Itapecerica, 45.854 (de 177.662); e Vargem Grande, 12.513 (de 53.468). São Lourenço tem menos habitantes, mas, a rigor, os municípios recebem as doses proporcionalmente à população.

Enquanto governos fazem “marketing”, como a gestão Aprígio (Podemos), que diz falsamente que Taboão é o que mais vacinou na região e apelou sobre a aplicação de mais de 100 mil doses, e a de Ney Santos (Republicanos), que também explorou o número atingido, São Lourenço trabalha mais rápido – sem “pirotecnia” – para vacinar toda a população adulta – atualmente, imuniza pessoas com 40 anos ou mais e acima de 18 anos com comorbidades.

A secretária de Saúde de São Lourenço atribui o êxito na campanha à organização e ação proativa. “São Lourenço tem uma cobertura bem grande do programa de Saúde da Família, temos bastante agentes comunitários de saúde que acabam fazendo levantamento dos munícipes e as prioridades. Outra situação é que temos sido bem rígidos na questão da residência, só temos vacinado os moradores, pessoas de fora não vacinamos”, diz Michele Sales.

“Com a ajuda dos agentes comunitários, eles [moradores] também participam da campanha, juntamente comigo, para falar ‘este mora aqui, este não mora, este é novo’. Ajuda a ‘peneirar’, a identificar quem é e quem não é munícipe”, ressalta Michele. “Todas as quartas fazemos campanha, mas nesta semana recebemos poucas doses, não sendo suficiente para fazer. Poderíamos estar melhor, mais rápido se o Estado mandasse mais doses”, afirma.

REGIÃO NO RANKING ESTADUAL DA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19 NESTA 6ª (9h34); SÃO LOURENÇO É 1º

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