Com aglomeração, Aprígio inaugura base da GCM no Pq. Pinheiros e ataca Analice

Especial para o VERBO ONLINE

Prefeito, vereadores, secretários, GCMs e correligionários se aglomeram na base da GCM no Parque Pinheiros; Aprígio corta fita de inauguração | Verbo/PMTS

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O prefeito Aprígio (Podemos) inaugurou na noite de quinta-feira (17) a base fixa da Guarda Civil Municipal na avenida Paulo Ayres, no Parque Pinheiros, que foi da Polícia Militar durante três décadas, até março deste ano, desativada pelo governo do Estado. A região tinha outra base de segurança, móvel, utilizada pela GCM, no CSU, mas Aprígio recolheu o trailer para reforma e não deu prazo para reinstalar outro equipamento no antigo local.

Aprígio disse que a base no Parque Pinheiros é muito importante não só para o bairro, mas para toda a cidade. “Ela vai servir de ponto de apoio para a Polícia Militar e para a Polícia Civil, até para troca de experiências com a GCM. Estava há muito tempo com a Polícia Militar e possivelmente por maldade foi tirada. Pensaram que iriam tirar e deixar este ponto abandonado. Agimos muito rápido e a GCM continua fazendo a segurança da região”, disse.

Após ataque do vereador Anderson Nóbrega (MDB), que disse – sem provar – que a base da PM foi desativada pelo governador João Doria (PSDB) a pedido da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), Aprígio mirou a rival. “Estão dizendo que foi uma deputada da nossa cidade que pediu para retirar para dizer que o Aprígio não faz nada, que a cidade não tem segurança. Se é verdade, ela não está pensando na população que a elegeu”, discursou.

Em entrevista, indagado se tinha dialogado com a gestão Doria ou a Secretaria de Segurança para saber o motivo da desativação da base da PM no Parque Pinheiros, Aprígio demonstrou, porém, não ter tido interesse. “Não cheguei a conversar com o governo do Estado. O que eu fiquei sabendo é que há uma vontade política de destruir a segurança da nossa região”, afirmou, ao se referir ao fechamento da base no Santa Tereza, em Embu das Artes.

Questionado pelo VERBO se o ponto do CSU voltará a ter uma base, Aprígio disse que sim, mas não falou quando. “A ideia é retornar uma base para lá, mas decente, não a que estava antes, que não é um local para colocar um ser humano para trabalhar, é muito precário”, disse. “Enquanto a gente não conseguir fazer uma base decente, uma ‘meia-boca’ não vamos levar para lá”, frisou. Mas ele instalou o trailer que estava no CSU no Parque Marabá.

Aprígio disse também não ter ideia da instalação da próxima base. “A ideia é cercar os pontos mais críticos da cidade, mas não tem previsão. Estamos fazendo, inclusive, com a ajuda de empresários que estão doando móveis, geladeira, equipamentos”, falou. Mas, indagado se não cogitava neste ano, ele disse: “Neste ano pelo menos mais duas bases vamos estar inaugurando”. Apesar de priorizar as fixas, ele falou que implantará cinco bases móveis.

O secretário-adjunto Ataíde Dacal (Segurança) disse que a base no Parque Pinheiros é estratégica. “É primordial neste local. Além de estar no centro da cidade [do território], tem todo o comércio aqui. Vamos colocar aqui a Romucam, com 12 motos, que faz deslocamento muito mais rápido e pode atender com a mesma velocidade uma ocorrência lá no fundo do Marabá e divisa com Embu como também no início [centro] de Taboão”, afirmou.

Em um imóvel acanhado, “prensado” entre lojas, o prefeito, vereadores, secretários, GCMs e até correligionários ocuparam um espaço reduzido na entrada da base e causaram aglomeração. Aprígio descumpriu decreto que ele mesmo assinou em fevereiro e ratificou três dias antes ao manter Taboão na fase de transição do “Plano São Paulo” contra a covid-19, que proíbe reuniões sem distanciamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas.

SERVIÇO
Base de segurança da GCM do Parque Pinheiros (funcionamento 24h)
Av. Paulo Ayres, 569 – tel.: (11) 153 / 4139-0748

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