ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Após mortes diárias desde 5 de março, a UPA de Taboão da Serra não teve óbito por covid-19 pelo segundo dia seguido – no domingo e nesta segunda (5). Porém, a UPA registrou em apenas um mês mais que o total de mortes do período inteiro de pandemia no ano passado (nove meses), em nova marca negativa sob o governo Aprígio (Podemos). Na nova gestão, Taboão é a primeira cidade no Estado a registrar mortes de pacientes à espera de UTI.
Na noite deste domingo (4), a UPA Akira Tada estava com 60 pacientes internados, 44 em leitos de enfermaria e 16 na emergência,14 intubados. Já nesta segunda (5), está com 57 internados, 43 em leitos de enfermaria e 14 na emergência, 12 intubados. A gestão informa que, desde 5 de março, 35 morreram na UPA enquanto aguardavam transferência para UTI e outros 15 faleceram sem que fossem inseridos na lista de espera, no total de 50 óbitos.
O governo Aprígio informou na noite desta segunda-feira, porém, que “seguimos no segundo dia seguido sem ocorrências de óbitos”. No entanto, ao contar 50 mortes em um mês, a unidade teve seis óbitos a mais do que o registrado nos nove meses de pandemia no ano passado (13% a mais). De março a dezembro de 2020, a UPA teve 44 mortes de internados pelo coronavírus, que representaram 12% do total de 356 óbitos notificados até 2020.
As 50 mortes apenas na UPA representam mais de um terço do total de óbitos por covid-19 neste ano, sob nova gestão – 139 vidas perdidas. O percentual preciso é de 36% – três vezes mais que a proporção de óbitos na UPA durante a pandemia no ano passado. Se considerado todo o ano de 2021, a UPA acumula ainda mais seis mortes e chega a 56, patamar em que passa a responder por 40% dos óbitos neste ano. Taboão registra 495 vítimas no total.
A UPA teria virado o epicentro de mortes entre munícipes pela falta de visão da nova gestão para o avanço da covid e escassez de leitos de UTI para transferência no Estado e pela demora em buscar ajuda para assistência intensiva – Taboão não possui uma UTI. Só com o caos instalado, Aprígio foi atrás de UTI, mas ainda pôs a picuinha acima da saúde dos cidadãos e se recusou a participar de reunião com o ex-prefeito Fernando Fernandes (PSDB) presente.