Taboão registra mais 4 mortes por covid em 24h e soma 473 vítimas; 20 internados ficam em macas

Especial para o VERBO ONLINE

UPA em colapso, em imagem da CNN Internacional; Taboão registra 473 mortes pela covid com mais 4 óbitos, todos no Akira Tada, pelo boletim desta 6ª | CNN

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Em pesadelo que parece não ter fim, Taboão da Serra registrou mais quatro mortes pela covid-19 em 24 horas e passou a somar 473 vítimas, conforme boletim desta sexta-feira (26). Sob o governo Aprígio (Podemos), a cidade tem um quadro tão caótico que pelo informe a UPA Akira Tada tinha 59 pacientes internados. À noite, a unidade já estava com 60 doentes, 45 em leitos de enfermaria e 15 na emergência, 11 intubados – ou seja, 20 em macas.

As quatro últimas vítimas da covid-19 – que morreram na UPA – são (sexo, idade, comorbidade):
– 470ª – mulher, 55 anos, hipertensão sistêmica – UPA Akira Tada (óbito em 24 de março);
– 471ª – mulher, 75 anos, hipertensão sistêmica – UPA Akira Tada (óbito em 23 de março);
– 472ª – homem, 52 anos, sem comorbidades – UPA Akira Tada (óbito em 24 de março);
– 473ª – homem, 73 anos, sem comorbidades – UPA Akira Tada (óbito em 22 de março).

De 472 vítimas (a 340ª não teve perfil divulgado), Taboão registra a morte de 264 homens e 208 mulheres. A faixa com mais mortes é a de 60 a 69 anos (143). Depois, a de 70 a 79 (123), 80 ou mais (75), 50 a 59 (65), 40 a 49 (35), 30 a 39 (16), 20 a 29 (sete), 0 a 9 (seis) e 10 a 19 (duas). A cidade tem taxa de mortalidade por covid-19 de 161,07 óbitos por 100 mil habitantes, a mais alta da região disparado, e de letalidade de 3,7% – o Estado tem 154,99 e 3%.

Taboão registra 38,85 casos por dia dos últimos sete dias (272 no total), 17% a mais do que a média de 14 dias atrás, de 33,14 (232). E 2,85 mortes por dia (20 ao todo), 29% a menos do que há duas semanas, média de 4 óbitos/ dia (28). Os casos estão em alta. As mortes têm queda, mas pela comparação com a semana dos óbitos em série na UPA. Porém, ainda são elevadas, de quase três vítimas diárias, e devem continuar com os casos ainda em alta.

Nesta sexta, a UPA teve alta de um homem de 100 anos. No entanto, contabilizou dois óbitos de dois homens, sem comorbidades, um de 43 anos. No aguardo de leito de UTI desde o dia 22, ele teve pedido de vaga aceito, mas estava muito grave e morreu antes da estabilização para transferência. O outro homem, de 65, aguardava vaga desde o dia 24. Vinte e um morreram à espera de UTI. Mais 12 faleceram – graves, nem entraram na fila por leito.

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