Taboão tem 7 mortes de covid em 3 dias; média atesta alta com 235% mais óbitos

Especial para o VERBO ONLINE

UPA Akira Tada, onde estavam 2 dos 7 munícipes com covid que vieram a óbito registrados em 72h; novos casos e mortes estão em alta | Adilson Oliveira/Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Taboão da Serra vive explosão de covid-19 e registrou nos últimos três dias sete mortes pelo coronavírus – uma na segunda-feira (15), duas na terça (16) e quatro nesta quarta (17). No total, soma agora 447 vítimas. A Secretaria Municipal de Saúde confirma também 12.525 casos desde o início da pandemia – mais de cem a mais desde domingo (106). A pasta divulgou, por outro lado, que contabiliza 11.872 curados – eram 11.755 no domingo.

As sete novas vítimas de covid (sexo, idade, comorbidades e local/hospital de óbito) entre munícipes são:
– 441ª – homem, 54 anos, diabetes e cardiopatia – Hospital Municipal de Guarapiranga;
– 442ª – mulher, 77 anos, doença cardiovascular crônica – UPA Akira Tada;
– 443ª – homem, 73 anos, sem comorbidade – UPA Akira Tada;
– 444ª – homem, 54 anos, doença renal crônica – Hospital Vicente de Paulo;
– 445ª – mulher, 52 anos, hipertensão sistêmica – Hospital do Campo Limpo;
– 446ª – homem, 72 anos, cardiopatia – em domicílio;
– 447ª – homem, 62 anos, hipertensão sistêmica – Hospital Santa Clara

De 446 vítimas da covid-19 confirmadas (a 340ª não teve perfil divulgado), Taboão registra o óbito de 256 homens e 190 mulheres. A faixa com mais mortes é a de 60 a 69 anos (135). Depois, a de 70 a 79 (116), 80 ou mais (70), 50 a 59 (60), 40 a 49 (35), 30 a 39 (15), 20 a 29 (sete), 0 a 9 (seis) e 10 a 19 (duas). O município tem mortalidade de 152,22 óbitos por 100 mil habitantes, a mais alta da região, e de letalidade de 3,6% – o Estado registra 141,54 e 2,9%.

Taboão registra 37,57 casos por dia dos últimos sete dias (263 no total), 63% a mais do que a média de 14 dias atrás, de 23 confirmações diárias (161 ao todo). E 2,85 mortes por dia (20 no total), 235% a mais do que a média há duas semanas, de 0,85 (seis). Os casos têm alta. Os óbitos explodem. O governo Aprígio (Podemos) divulgou boletim no sábado e no domingo pela primeira vez desde o início da gestão – só após a saúde entrar em colapso.

Só após também o caos epidemiológico, com pelo menos 11 mortes na UPA em apenas quatro dias, o governo Aprígio “acordou” para a gravidade da covid-19 e passou a emitir boletim sobre as internações na unidade, que agora é diário, no fim da noite. Às 23h21, a gestão informou que a UPA estava com 38 pacientes internados, 29 em leitos de enfermaria e nove de emergência, dos quais quatro intubados. Cinco tiveram alta e nenhum morreu.

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