Mais 2 pacientes de covid morrem; gestão Aprígio demorou 3 dias para pedir UTI

Especial para o VERBO ONLINE

'Bom Dia SP' noticia nesta 3ª que mais 2 pacientes internados na UPA morreram à espera de UT, 11 no total; Taboão registra 422 mortos por covid | Reprodução

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Mais dois pacientes que estavam internados com covid-19 na UPA Akira Tada morreram à espera de leito de UTI. Com as nova baixas, Taboão da Serra registra 11 óbitos de pessoas que não tiveram atendimento de alta complexidade. As vítimas são uma mulher de 75 anos e um homem de 71. O governo Aprígio (Podemos) disse que as duas mortes ocorreram no fim da tarde desta segunda-feira, mas ontem informava que eram nove óbitos.

Taboão registra 422 mortes por covid-19 e está em colapso. É a primeira vez desde o início da pandemia que uma cidade da Grande São Paulo tem mortes de pacientes à espera de UTI. A UPA tem 11 doentes intubados e 16 que aguardam transferência para outras cidades. O governo informou que a UPA está com 140% de ocupação de leitos, ou seja, 16 estão em maca, mas moradores denunciam que o Akira não espaço para tantos doentes a mais.

As vítimas começaram a morrer à espera de UTI na sexta (5), quando não resistiram ao coronavírus duas mulheres, de 76 e 73 anos, e dois homens, de 75 e 58 anos. No sábado (6), morreram duas mulheres, de 95 e 74 anos, e um homem de 46. No domingo (7), veio a óbito um homem de 52. Nesta segunda (8), já tinha morrido um homem de 72 anos. Apesar das 11 mortes, o governo Aprígio divulgou boletim desta segunda sem citar nenhum óbito.

VERBO noticiou que dois pacientes à espera de UTI morreram de covid no sábado, após apurar, já que o governo não divulga boletim no fim de semana, em deliberada falta de transparência. A secretária-adjunta Thamires May (Saúde), que integrou gestão caótica do governo Ney Santos, tem como “experiência” sonegar informações – em recuperação de covid, o secretário José Alberto Tarifa voltou ao trabalho ontem com a crise na saúde em Taboão.

Taboão ainda tem 16 pacientes à espera de vaga na UTI devido a falha de gestão. À TV Globo, Thamires reafirmou que Taboão começou a pedir transferência de doentes para outras cidades em 3 de março, mas entrou em colapso antes. “Temos paciente esperando transferência desde 28 de fevereiro”, disse a secretaria, apurou o VERBO. Ou seja, a gestão Aprígio demorou três dias para pedir vaga. Então, às pressas, resolveu criar 30 leitos, até em UBS.

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