ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O novo secretário de Cultura de Taboão da Serra, Binho da Saúde, ao ser empossado no cargo pelo prefeito Aprígio (Podemos), em 1º de janeiro, prometeu dialogar com os artistas e ativistas para fazer uma gestão participativa que promova a cultura da cidade. Ele disse que vai tratar os interlocutores como “parceiros”. O titular da pasta reconheceu não ser da área, mas disse que fará “grande trabalho” em sintonia com os servidores da secretaria.
Binho disse que terá oportunidade de realizar projetos diversificados, mas ressaltou contar com a equipe. “A cultura é uma área muito ampla, acredito que vou me dar bem na secretaria, tem profissionais concursados que são experientes. Vou contar muito com eles, vou ser parceiro, até porque não vamos ser um governo perseguidor dos funcionários, vamos trazê-los para o nosso lado. Sem eles a prefeitura não consegue se administrar”, disse.
“Não tenho dúvida que farei um grande trabalho na Cultura, tem muitas áreas para se trabalhar, aulas de bailado, o Parque das Hortênsias faz parte da Cultura também – quando passar a pandemia, vamos ter que fazer que volte a funcionar. Vamos trazer bastante eventos para o Cemur também”, ressaltou Binho. Ele disse que será “parceiro” dos artistas. “Vamos sentar, conversar, trazê-los para essa união. Vou precisar muito da ajuda deles”, falou.
O ator e ativista Clayton Novais disse à reportagem nesta terça-feira (12) que ainda não foi contatado pelo novo secretário – ele coordena a Paixão de Cristão de Taboão com os diretores Washington Gabriel, Renato Gomes e Joselito Gaza. “O maior trabalho cultural do município é a Paixão de Cristo – que não foi realizada no ano passado devido a pandemia. Até o momento, não nos procuraram para saber o que fizemos ou algo parecido”, disse.
“Acredito que quando um secretário assume, ele deveria se informar e procurar os responsáveis pelo evento para uma conversa ou algo do tipo”, acrescentou Novais. O ator que interpretou Cristo seis vezes está cético em relação ao novo titular da pasta. “Não fiquei surpreso ao saber, no final do ano passado, que o Binho da Saúde poderia ser o secretário da Cultura. Quando não há projetos, as pastas acabam sendo leiloadas entre os apoiadores”, declarou.