RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Profissionais de saúde do Pronto-Socorro Central, da UPA Santo Eduardo e da Maternidade de Embu das Artes ainda não receberam salário de março e denunciam condições precárias de trabalho sob o governo Ney Santos (PRB). Eles ainda não foram pagos por conta de que a prefeitura não teria repassado recursos ao Instituto Edusa, que foi tirada da gestão das unidades pela administração. Os que não continuaram na rede não receberam os direitos da rescisão.
Os funcionários que permanecem nos pronto-atendimentos eram contratados da Edusa e foram dispensados no dia 1º de abril. Eles continuam trabalhando por terem sido aproveitados, temporariamente, pela organização privada que assumiu os serviços de urgência e emergência em Embu, a AMS, mas estão sem receber o último salário da empresa desligada, que deveria ter sido pago até o dia 8. O pagamento da rescisão deveria ter sido feito nesta quinta-feira (11).
Em mais um episódio do caos na saúde em Embu, vários funcionários procuraram o VERBO para denunciar a situação, sob condição de anonimato, alertados de que serão alvo de retaliação se se identificarem. “Gostaria se saber se pode nos ajudar. Sou funcionária da UPA do Jardim Santo Eduardo. Mais uma vez a empresa que estava saiu, a Edusa, e uma nova assumiu. Estamos sem salário, sem condução para irmos trabalhar”, relatou uma profissional à reportagem.
Uma pessoa que atende em duas unidades, também desligada da Edusa, acusou o descaso na saúde de Embu. “Fomos dispensados no dia 1º e desde então estamos aguardando receber os nossos direitos, mas nem o salário nos foi pago. A empresa alega que a prefeitura não fez o repasse e não tem previsão alguma de quando isso vai acontecer”, disse, ao frisar que o pagamento “deveria ter sido no quinto dia útil deste mês, e a rescisão até dia 11, que seria hoje [ontem]”.
“Segundo eles [prefeitura], a Edusa mandou o papel com nossos valores apenas hoje [ontem]. Mas o RH nos informou que isso tinha sido feito no dia 9 para que até hoje [ontem] saísse tudo. Mas uma representante da prefeitura disse que não foi feito mesmo o repasse”, contou a profissional. Ela continua trabalhando nas unidades sob gestão da nova OS. “A empresa que assumiu contratou ‘todos’ os funcionários com um período de experiência de 45 dias”, explicou.
Nem todos os funcionários, porém, quiseram continuar. Uma profissional relatou o mesmo desrespeito de ainda não ter recebido o salário e não permaneceu sob a organização privada que está assumindo as unidades. “Vi que a nova empresa será como as anteriores, então resolvi sair. Já estava nesta luta há mais de quatro anos, e nunca melhora, atrasos de pagamento quase todos os meses, na hora de pagar o que temos de direito é essa palhaçada”, protestou.
O não pagamento aos trabalhadores é só a ponta do iceberg do quadro da saúde em Embu. Os profissionais relatam condições precárias de atendimento nas unidades, com falta de insumos de todo tipo, desde o mais básico, com risco de contaminação. “Estamos trabalhando com escassez de material, dando água aos pacientes em seringas, não temos copos, os funcionários tomam água em copo de plástico e levam porque também não temos”, relatou uma funcionária.
“As condições de trabalho são péssimas e o pior, sem salário e sem uma data para receber. Aí vem o nosso digníssimo prefeito dizer que está tubo bem. Bem para quem? Peço por favor que não divulgue meu telefone, não quero sofrer nenhum tipo de perseguição”, disse, revoltada. Uma outra ex-funcionária a serviço no PS Central reforçou não ter tido “nenhuma posição nem de pagamento nem de rescisão”. “Estamos todos sem salário, passando dificuldades”, resumiu.
OUTRO LADO
O VERBO procurou na noite desta quinta-feira (12) os responsáveis pela narrada situação de “descalabro” na saúde de Embu e em relação aos profissionais não pagos. Rony Arantes, que foi coordenador da Edusa no PS Central, disse não mais trabalhar para a empresa e se irritou, com xingamentos, ao ser questionado sobre a direção da organização privada. A reportagem ligou mais de uma vez para o secretário municipal de Saúde, Raul Bueno, mas ele não atendeu.
Sem conseguir falar com o secretário, a reportagem procurou o prefeito e questionou: “Dezenas de funcionários da UPA e do PS em Embu procuraram o VERBO para denunciar que estão sem receber o salário de março, prefeito. Que o senhor não repassou recurso para a empresa pagar os funcionários. O que tem a dizer?” Ney não respondeu. Alguns funcionários pretendem ir nesta sexta-feira à prefeitura “cobrar alguma posição do prefeito”, disseram profissionais.
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Parabéns por escolher ele teve 70 por cento de votos
Mais uma vez esse pilantra do Ney gordo deixando a cidade um verdadeiro lixo parabéns eleitores burros continuem votando errado esse cara é líder de quadrilha um verdadeiro lixo aí continuamos pagando o pato😠😠😠😠😠