ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9) novas operações para desarticulação de duas quadrilhas especializadas em fraudar, com documentos falsos, o recebimento do PIS. Na 2ª fase da Operação GolPis, agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Embu das Artes e São Paulo. Em outubro do ano passado, a PF já tinha baixado em Embu e também Taboão da Serra para recolher documentos sobre desvios no pagamento do abono salarial.
As diligências a Embu foram em endereços de investigados de cooptarem mulheres que utilizavam carteiras de identidades falsas para poderem sacar o PIS. Apenas na capital, a PF cumpriu nove mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão, relacionados à 3ª fase da Operação Golpes Master, que busca colher prova contra os gerenciadores do grupo criminoso, principalmente com atuação na fabricação e obtenção de dados dos beneficiários.
No andamento das apurações referentes às duas operações, a PF identificou mais de duzentas vítimas. A maioria não sabia que tinha direito ao PIS e virava presa das quadrilhas que aproveitavam a situação para fazer saques do benefício em agências da Caixa Econômica Federal em várias cidades paulistas. As vítimas e a própria Caixa eram lesadas sem tomarem conhecimento, como não havia reclamação, não se fazia qualquer registro ou investigação policial.
O PIS, benefício federal, é pago anualmente, no valor de até um salário mínimo, a cadastrados há mais de cinco anos e que tiveram remuneração média no ano anterior de até dois mínimos. Em outubro, a PF calculava que a fraude já chegava a R$ 200 mil. “O montante não é tão vultoso aos cofres públicos, mas para o beneficiário faz muita falta”, disse o delegado Ronilson Santos, da PF em Cruzeiro (SP). No Vale do Paraíba foram presos os primeiros fraudadores.
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