Mandado a júri popular por tentativa qualificada de matar Binho, Renato ataca vítima

Especial para o VERBO ONLINE

Em post de Jones, comentário de Renato em 19 de setembro (dir.) e mantido por 5 meses, até o mês passado

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Sentenciado por juiz de Embu das Artes a ser julgado pelo Tribunal do Júri por tentativa de homicídio qualificado – dois agravantes – contra o repórter e chargista Gabriel Binho, do VERBO, o réu Renato Oliveira, secretário de Comunicação do prefeito Ney Santos (PRB), passou a atacar a vítima nesta quinta-feira (21), um dia depois do anúncio da decisão judicial, com montagens e afirmações falsas ou tendenciosas. Ele também está lançando “fake news” contra este portal.

Renato posta no WhatsApp ataques ao VERBO e a Binho
Renato posta em status ataques ao VERBO e a Binho; secretário e comparsa Lenon conversam em inauguração
Em post de Jones, comentário de Renato em 19 de setembro (dir.) e mantido por 5 meses, até o mês passado
Em post de Jones, comentário de Renato em 19.setembro de 2017 e mantido por 5 meses, até fevereiro.2018
No mesmo post de Jones, texto de Renato ‘some’; ele apagou após indiciado por ataque, e faz outras ameaças
No mesmo post de Jones, texto de Renato ‘some’; ele apagou após indiciado por ataque, e faz outras ameaças
Lenon e Renato em balada; Binho é socorrido após ser derrubado
Lenon e Renato curtem balada; Binho é socorrido após ser derrubado da moto na BR-116 pela dupla criminosa

Renato é réu confesso do atentado contra Binho. Na madrugada de 28 de dezembro de 2017, o então subsecretário de Comunicação de Ney perseguiu Binho e o derrubou da moto na rodovia Régis Bittencourt. Binho teve um tornozelo quebrado e teve de ser operado, fazer fisioterapia e usar muletas por seis meses – ele ainda manca, como sequela do ataque. Renato alegou querer conversar com Binho, mas o observou por quatro horas na praça e não o abordou.

Dois meses depois do crime, após tentativa de incriminar um guarda municipal, Renato e o segurança Lenon Roque, que estava no carro, confessaram autoria. Três meses antes, sobre quem considerava adversários do governo, Renato disse: “Peço todos os dias pra vocês deixarem eu resolver. Mas ninguém autoriza”. Indiciado, ele apagou o comentário. Corréu pelo mesmo crime que Renato, Lenon teve a prisão decretada. Ele já está preso, por porte de arma raspada.

Renato postou no status no WhatsApp nesta tarde imagem que mostra Binho e as frases “Fim da farsa Gabriel Binho” – “Juiz descarta versão de tiros”, “Gabriel assessora vereadora do PT”, “Gabriel mora em imóvel de Geraldo Cruz do PT” e “Mente em juízo ao negar envolvimento com o PT”, e o ameaça de que “responderá na justiça por difamação, calúnia e falsa comunicação de crime”. Apesar de relacionar Binho com o PT, ele mostra a vítima ao lado de bandeira do PSOL.

Na decisão, o juiz Rodrigo de Godoy diz que a sustentação da ocorrência de tiros deve ser “afastada” pela investigação não constatar projéteis na cena do crime. Binho reafirma que foi alvo de disparos e crê que as cápsulas não teriam sido achadas por não terem se deflagrado. No entanto, ao contrário da tipificação que os réus buscavam, de lesão corporal grave “apenas”, o juiz os mandou a júri por tentativa de homicídio por motivo torpe e por dificultar a defesa da vítima.

Além de se “esconder” e confessar só após dois meses, ao ser descoberto após pressão de autoridades e da imprensa, Renato inicialmente alegava como motivação problema extraconjugal, e não o PT. “Renato falava todo tempo que era questão pessoal, agora está envolvendo política”, diz Binho. O repórter diz que nunca teve ligação com o PT, e passou a ter com Rosângela Santos só após o ataque, na esfera pessoal, pela vereadora ter manifestado apoio pelo que sofreu.

Renato também postou, e está mandando comissionados da prefeitura compartilhar, ataque com afirmação falsa de que o VERBO é ligado ao PT – este portal reafirma não ter qualquer vínculo com políticos, partidos e governos, daí os ataques infundados. Já há reação. Conforme apurou a reportagem, os comentários são de reprovação à conduta do réu Renato nos corredores do Fórum de Embu. Entre as manifestações ouvidas estão “Patético!” e “Incrível a cara de pau!”.

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