ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O governo Ney Santos (PRB) desclassificou a Transartes Turismo e Locadora de Veículos Ltda, atual empresa que opera as linhas municipais de Embu das Artes, na licitação dos serviços de transporte coletivo urbano do município, conforme publicado no “Diário Oficial do Estado de São Paulo” no sábado (16). A companhia foi inabilitada ainda na fase de análise de documentos e regularidade fiscal. A Transartes pode pode recorrer administrativamente do resultado.
A Transartes, com sede em Embu, está registrada em nome de Eric Yassushi Oshima, Luiz Pereira Pires e Wilmar Lopes de Souza, de acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). Contudo, a empresa sempre foi ligada ao empresário Léo Novais, que era secretário de Serviços Urbanos e foi demitido por Ney no dia 16 de janeiro, uma semana depois de o governo anunciar a realização de concorrência pública para concessão do transporte municipal.
Em despedida, Léo agradeceu servidores, vereadores, moradores, menos Ney. A empresa agora inabilitada foi mantida por Ney para transportar a população por dois anos e dois meses, desde que assumiu a gestão, então sob elogios. “As pessoas vão ter melhor conforto, não terão de pegar aqueles ônibus e ficar pendurado, às vezes com má manutenção. Vão ter novos ônibus, vão se sentir beneficiadas”, disse. O VERBO não conseguiu falar com Léo sobre a desclassificação.
A prefeitura habilitou na concorrência a JTP Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda, que, conforme os registros da Jucesp, é sediada em Barueri (Grande São Paulo) e tem como sócios Paulo Henrique Wagner e Tadeu Wagner Júnior. Também foi classificada à próxima fase da licitação a Expresso Fênix Viação Ltda, que atua no transporte rodoviário, de fretamento e urbano e tem nove garagens, uma na capital e oito em cidades do interior.
A Expresso Fênix é da família Chedid, que possui outras empresas de transportes, como a Sancetur – Santa Cecília Turismo Ltda., com atuação em cidades como Atibaia, Paulínia, Valinhos, Indaiatuba e Americana, interior paulista. Segundo a Jucesp, a empresa tem como sócios a VHC Comercial e Consultoria Ltda, Victor Hugo Granziera Abi Chedid e Tereza Regina Granziera Abi Chedid. No mês passado, Ney anunciou que “mais de 21 empresas já retiraram o edital”.
Ney disse que a vencedora “vai ter a obrigação de investir R$ 55 milhões na cidade – com 85 ônibus novos com wi-fi, ar condicionado, R$ 1 milhão em pontos de ônibus no primeiro ano” e “a cada um ano colocar 20 ônibus novos” – a viação, que ficará 20 anos na cidade, assumirá a totalidade das linhas, já que o lote é único. Vencerá a empresa que propuser a menor tarifa. O governo anunciou que daqui uma semana, no dia 25, abrirá as propostas com os valores da passagem.
> Compartilhe pela fanpage do VERBO ONLINE