‘Estreante’, Aprígio é empossado deputado estadual de olho na eleição para prefeito

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Entre os 94 deputados estaduais eleitos em outubro do ano passado, o empresário Aprígio (Podemos), 67, de Taboão da Serra, toma posse como um dos 51 “estreantes” da Assembleia Legislativa (Alesp) para a legislatura de 2019-2022, nesta sexta-feira (15), no palácio 9 de Julho, sede do parlamento paulista, no Ibirapuera (zona sul de SP). Maior liderança política da região, Analice Fernandes (PSDB) também assume uma cadeira pelo quinto mandato consecutivo.

Aprígio (Podemos), que foi eleito
Aprígio (Podemos), 67, eleito deputado estadual com 43.320 votos, observa apoiadores em ato na campanha

Aprígio – que estava sem mandato há seis anos desde quando deixou de ser vereador de Taboão, após ser candidato a prefeito duas vezes e deputado federal em 2014 – foi eleito deputado estadual com suficientes 43.320 votos. Na região, obteve 28.358, 65,5% do total, dos quais 22.321 conquistados em Taboão, 51,5%. Em Embu das Artes, teve 4.121 votos. Na disputa à Câmara Federal há quatro anos pelo PSB, ele teve só um pouco menos – 41.047 -, mas não o bastante.

Beneficiado com a queda na taxa de reeleição na Alesp – que passou de 66% na eleição de 2014 para 45% no último pleito (apenas 43 conseguiram novo mandato) – para emplacar o maior feito da trajetória política que traçou, Aprígio terá como desafio, por ter “tique” de executor, entender a “dinâmica” do deputado estadual, de ser representante da população e proponente de leis, e não “administrador”, apesar de ter sido vereador em Taboão por dois mandatos.

“A principal proposta é trazer mais saúde, mais educação, mais segurança, geração de emprego para a população. Essas são as prioridades. As demais, vamos vendo depois, como transporte, cultura, lazer, outros serviços que faltarem na cidade, vamos ver depois o que podemos trazer para cá”, disse Aprígio. Sobre o maior problema na região, ele não hesita, mas abre o leque depois. “O principal, no Brasil inteiro, é saúde. Saúde e educação, tem que mexer urgente.”

Aprígio critica a gestão pelas organizações privadas. “A saúde ficou mais precária depois da terceirização, [com] a desvalorização dos profissionais, eles não têm aumento, trabalham desmotivados. E faltam condições de trabalho, faltam medicamentos, insumos, os profissionais não têm o que fazer sem material”, disse. Ele afirma que “a primeira proposta” é “aumento do salário, pessoas recebendo menos que o piso da categoria não podem trabalhar feliz”.

Mesmo se fosse uma unidade gerenciada pelo Estado, o reajuste salarial seria de competência do Executivo. “Eu não sou o governador, mas tenho que levar até o governador os problemas da Grande São Paulo, do Estado [inteiro], tenho autonomia para isso, tenho a prerrogativa para exigir que ele faça melhor – ele tem que fazer, mas tem que ter alguém para dizer o que tem que ser feito. Esse é o meu papel [como deputado] e é o que eu vou fazer”, afirmou Aprígio.

Presidente da Cooperativa Habitacional Vida Nova, “a maior da América Latina’, conforme diz, Aprígio diz que depois de construir cerca de dez mil apartamentos em Taboão está erguendo mais 9 mil em Embu. “Eu quero ser um homem público para fazer o que estou fazendo, mas com dinheiro público, fazer o governo mandar dinheiro para construirmos casas para as pessoas. Quero ser deputado para lutar muito por isso lá, lutar por geração de emprego”, prometeu.

Aprígio, que considera Fernando Fernandes (PSDB) como “inimigo” político e acusa o prefeito de perseguição, diz que não vai deixar de destinar recursos de emendas a Taboão. “O prefeito pode ter como adversário um político, não a população. Eu vou mandar, se o prefeito não aceitar, vou documentar e falar que ‘não veio [a verba] porque o prefeito não quis receber’, não vou ficar quieto também”, disse. Aprígio não esconde que quer ser candidato a prefeito em 2020.

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