Analice assume 5º mandato contra veto de Doria e com metrô Taboão ainda em vista

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A enfermeira Analice Fernandes (PSDB), de Taboão da Serra, toma posse para o quinto mandato como deputada estadual nesta sexta-feira (15), às 15h, na Assembleia Legislativa, no Ibirapuera (zona sul de SP), entre outros 94 parlamentares do Estado vitoriosos nas eleições em outubro do ano passado. O outro representante da região é Aprígio (Podemos), também de Taboão, eleito pela primeira vez ao Legislativo paulista, para legislatura 2019-2022.

Analice Fernandes (PSDB) faz corpo a corpo na campanha
Analice Fernandes (PSDB) faz corpo a corpo no Pirajuçara na campanha; tucana se reelegeu com 110.089 votos

Analice afirma que continuará sendo representante da região para levar as “necessidades” para o atual governador João Doria, do partido a que também pertence. “A população sempre olhou para o meu mandato como de interlocução entre a região e o governo do Estado, e todas as necessidades que vão sendo apontadas no mandato e surgem são trabalhadas. Sou muito aberta a ouvir a população sobre as necessidades da nossa cidade como da região”, disse.

Analice diz que tem como função principal fazer leis e fiscalizar o governo e cabe ao Executivo falar em criar e implantar projetos, mas que tem bandeiras a empunhar, em relação principalmente a Taboão. “Tenho a clareza de algumas necessidades da cidade, como o aprimoramento da educação, mais cursos profissionalizantes para a nossa escola técnica [Etec], a luta pela nossa Fatec, uma bandeira importante pela qual estamos batalhando de longa data”, afirmou.

A deputada Analice – mulher do prefeito Fernando Fernandes (PSDB) – também indica focar o transporte. “A outra questão é o terminal rodoviário, que queremos que seja implantado o quanto antes na entrada de nosso Taboão, a linha 4 do metrô [até Taboão], que, lógico, não perdemos de vista. [Para] Todas essas questões e demandas, eu sou a representante e estou de portas abertas sempre para trabalhar e falar em nome de Taboão e da nossa região”, disse.

Em relação a Embu das Artes, do prefeito Ney Santos (PRB), que passou a ter como desafeto político, Analice diz que representará a população. “Eu não tenho aliança com o prefeito! Eu tenho compromisso com a cidade de Embu!”, disparou. A desavença entre Fernando e Ney por divergências na negociação de apoios na eleição respingou em Analice, que foi tachada por Ney de integrante de “facção criminosa” por ter recebido doações de empresas corruptas.

Analice diz não ter sido a única vítima de “fake news”. “Não só eu enfrentei, vários candidatos com trabalho efetivo enfrentaram, e aqueles que não têm essa condição apelaram para esse caminho. A meu ver, é um caminho anti-democrático, desrespeitoso”, disse, em declaração vista como alfinetada a Ney e assessores, que propagaram a acusação, mas também a candidatos lançados por Ney – Hugo Prado (PSB) e Ely Santos (PRB) fracassaram nas urnas.

Se Ney passou ao status de “inimigo” pela grave acusação, Analice tem um adversário “da vez”, ao menos pontual, com característica de “fogo amigo”. Além da pretensão de formular mais leis em defesa das mulheres e contra a violência doméstica, ela articula a derrubada do veto à lei (PL 347) da jornada de 30 horas para os profissionais da enfermagem, interposto pelo colega de partido. “Doria barrou”, disse, frustrada, uma enfermeira de Taboão eleitora da deputada.

Analice conquistou o quinto mandato consecutivo ao ter 110.089 votos – ela obteve, porém, 41.318 votos a menos em relação a 2014, quando somou 151.407, queda de 27,3%. Entre os votos recebidos, a tucana teve 52.080 na região (seis cidades), ou 47,3%. Em Taboão, Analice teve 31.730 votos, 28,8% do total e 60,9% da região. Em Embu, com a “tropa de choque” de Ney nas ruas para enfrentamento, ela conseguiu 7.508, abaixo dos 14.460 em 2014 – despencou 48%.

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comentários

  • Se o metrô chegar até Taboão da Serra, em seguida a região receberá mais famílias. Cotia e Embu serão as próximas cidades a incharem. Aí aparecerá um político da região pleiteando extender o metrô até essas cidades gerando mais inchamento populacional. Porém fica a pergunta: e a destruição do meio ambiente, quem se importa com ela? O importante é o poder.

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