Em ‘agenda positiva’ após revés, Fernando anuncia pagar 14º e salário a servidores

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Um dia depois da derrota da decisão judicial que julgou válida a sessão que aprovou o orçamento de Taboão da Serra 2019 – com quase dez emendas e retirada do remanejamento de 30% das receitas -, conduzida pelos sete vereadores opositores, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) recorreu a uma “agenda positiva” e anunciou nesta terça-feira (15) que vai pagar ao funcionalismo o 14º salário até esta quarta-feira (16) e o salário até o fim do mês “sem atraso”.

Fernando e vereadores da base
Fernando com vereadores aliados em postagem em que disse pagar 14º a educadores e salário aos servidores
Presidente Marcos Paulo (PPS), opositor de Fernando,
Marcos Paulo, opositor de Fernando, diz que prefeito não quis receber documento de aprovação do orçamento

Em entrevista à imprensa na sexta-feira passada (11), antes da ordem judicial favorável aos seis vereadores adversários do “BIH” (“independentes”) e o da oposição, Fernando disse que – ao considerar que a aprovação do orçamento não era válida – o pagamento por direito do salário extra aos funcionários da educação dependeria de um “estudo criterioso”. “Historicamente, não fui eu que inventei, o prefeito fazia uma suplementação e pagava o 14º em janeiro”, disse.

“O que estamos estudando é se dentro do 1/12 avos [parcela das receitas autorizada sem o orçamento aprovado] a gente consegue colocar o [pagamento do] 14º”, disse Fernando. Ele falou ter expectativa positiva, mas voltou a fazer “suspense”. “Se conseguir, eu não vou constranger o funcionalismo. Eu vou pagar. Mas agora precisa ter um estudo criterioso mesmo, se não vai interromper compra de medicamento, coleta de lixo, a manutenção da cidade”, afirmou.

Em foto que postou em uma rede social, Fernando sorri com os seis governistas ao dar a notícia. Porém, ele falou ainda em “impasse” em relação ao orçamento, em indicação que recorrerá da decisão. “Mesmo diante do impasse da aprovação do orçamento, estamos reunidos neste momento com os vereadores da base para garantir que o 14º salário será enviado ao banco amanhã [esta quarta-feira] e os salários até o final do mês serão pagos sem atraso”, escreveu.

A vereadora Joice Silva (PTB) – que conduzia a votação do orçamento, mas que viu o projeto ser aprovado pelos opositores ao ter o ato de suspensão da sessão desautorizado pela Justiça – disse que a prefeitura ainda não recebeu o documento oficial da aprovação do orçamento. Ela disse ainda que a questão não está encerrada. “O prefeito ainda não recebeu o autógrafo, então ainda não temos orçamento. E o caso ainda está sob medida judicial”, disse ela ao VERBO.

Em resposta a uma jornalista, o vereador Marcos Paulo (PPS), que assumiu a presidência da Câmara após a decisão judicial manter a aprovação do orçamento, afirmou que o projeto foi “aprovado pela Câmara e ratificado pela Justiça”. Ele, que abandonou a base do governo e passou a integrar o “BIH”, como ferrenho opositor ao prefeito, disse que enviou o autógrafo. “Foi enviado hoje, mas não quiseram receber. Amanhã o oficial legislativo irá lá novamente”, reagiu.

> Colaborou o repórter Adilson Oliveira, especial para o VERBO ONLINE
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