ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
A Polícia Civil de Taboão da Serra prendeu na manhã deste sábado (5) o pedreiro José Carlos Bury, 53, acusado de matar a própria filha de 5 anos, Beatriz, dois dias depois do Natal, no dia 27 de dezembro. A menina foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, na casa do pai, no Intercap, em Taboão da Serra. Ele foi preso em Caucaia do Alto, em Cotia, onde estava escondido, e prestaria depoimento à tarde, mas já teria confessado o crime ao ser detido.
“Prenderam o pai. Ele foi preso pela Polícia Civil hoje de manhã lá em Caucaia do Alto, e já confessou o crime”, disse o subcomandante da Guarda Municipal de Taboão, Marcelo Borgatto, ao VERBO. A Guarda que atendeu a ocorrência, procurada pela mãe da menina na base da GCM no bairro. “Já chegou gritando, desesperada, dizendo que alguma coisa tinha acontecido com a filha. Guardas entraram na residência e ao chegar ao quarto viram a cena deplorável”, relatou.
“Fui no quarto, falei: ‘Nossa, ele deixou a neném dormindo sozinha e saiu, não está no banheiro e no quarto. Quando cheguei perto da minha filha, ela estava toda roxa, bem branquinha, dura, fria, morta”, contou Lucimar Pereira. Beatriz vivia com a mãe, mas passava alguns dias com o pai, e foi ficar com ele no Natal. Como Bury não a levou de volta no dia 27, como combinado, Lucimar foi até a casa do ex-marido. Beatriz estava coberta e tinha um urso de pelúcia ao lado.
Os pais de Beatriz estavam separados há pelo menos um ano. “Ele me batia, só faltava me matar em casa. Quando eu estava grávida de de seis meses, ele me jogou no chão e me deu um chute”, conta Lucimar. Ela diz que Bury pediu para reatar o casamento, mas não aceitou mais viver com um homem violento. Ele disse que matou a filha por vingança da ex-mulher por estar sendo “traído”, apesar de não estarem mais juntos. Ele falou ainda que estava sob efeito de álcool.
> Compartilhe pela fanpage do VERBO ONLINE