Analice leva 5ª eleição; Aprígio surpreende e ganha; Com Ney, Ely e Hugo são ‘fiasco’

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O Estado de São Paulo que saiu das urnas nas eleições neste domingo (7) proporcionou mais um mandato a Analice Fernandes (PSDB) e concedeu a primeira eleição a Aprígio (Podemos) para a Assembleia Legislativa, os únicos da região vitoriosos. O deputado estadual Geraldo Cruz (PT) não se reelegeu. Mas o grande derrotado é o prefeito Ney Santos (PRB), que não “elegeu” a irmã Ely Santos (PRB) deputada federal nem o “pupilo” Hugo Prado (PSB) deputado estadual.

Analice Fernandes
Analice (PSDB) e Aprígio (Podemos), que saíram vitoriosos das urnas para estadual; Hugo e Ely fracassaram

Analice conquistou o quinto mandato consecutivo de deputada estadual, ao ter 110.089 votos – ela obteve, porém, 41.318 votos a menos em relação a 2014, quando teve 151.407, queda de 27,3%, mais de um quarto. Entre os votos recebidos, a tucana teve 52.080 na região (seis municípios), ou 47,3%. Em Taboão da Serra, onde o marido, Fernando Fernandes (PSDB), é o prefeito, Analice teve 31.730 votos, 28,8% do total e 60,9% da região. Em Embu das Artes, 7.508.

Aprígio – que estava sem mandato há seis anos desde quando deixou de ser vereador de Taboão, após ser candidato a prefeito duas vezes e deputado federal em 2014 – foi eleito deputado estadual com suficientes 43.320 votos. Na região, ele obteve 28.358, 65,5% do total, dos quais 22.321 conquistados em Taboão, 51,5%. Em Embu, teve 4.121 votos. Na disputa à Câmara Federal há quatro anos pelo PSB, Aprígio teve só um pouco menos – 41.047 -, mas não o bastante.

Após dois mandatos, Geraldo se despede da Assembleia, ao ter parcos 36.111 votos, forte queda de 40% em relação à votação anterior. Em visível curva descendente, ele já tinha despencado para 60.103 votos quatro anos atrás, uma vez que em 2010, quando se elegeu pela primeira vez, teve 131.206 votos – encolhimento de 54,2%. Neste domingo, ele teve na região 27.125 votos, o que representa 75,1%. Em Embu teve o melhor resultado, 21.477 votos, 59,5% do total.

O grande fiasco na região foram as candidaturas de Ely e Hugo, apostas de Ney, que os lançou e até deixou a prefeitura em 28 de agosto para atuar nas campanhas. Em avaliação mais ouvida, com um governo considerado “péssimo”, ao ter criado a taxa de lixo e manter uma saúde precária, entre outras graves deficiências de gestão, Ney “contaminou” os candidatos, além de ter arranjado briga com o prefeito vizinho de Taboão, e teve a “resposta” da população nas urnas.

Nem a máquina administrativa de Embu em peso a favor surtiu efeito. Hugo, que concorreu pela coligação PSB-PSC-PPS-PTB-PV, obteve insuficientes 46.757 votos e ficou só com a quinta suplência. Presidente da Câmara – que pretendia deixar de ser vereador na metade do mandato -, ele teve na região 27.697 votos, 59,2% do total. Em Embu, teve pífios 16.655 votos, só 35,6% do total. Em Taboão, com apoio de cinco vereadores e dois suplentes, foi um fiasco: 5.830 votos.

Chamada de “poste” por não ter militância política e ser colocada por Ney como candidato-tampão após a desistência de Léo Novais (PR), Ely teve apenas 49.426 votos e ficou como segunda suplente – o grupo de Ney alardeava que teria 120 mil votos. Na região, ela obteve 32.729, 66,2%, mas em Embu amargou desastrosa marca de 15.400 (31,2%), menos ainda do que Hugo, em prova cabal de rejeição ao irmão como prefeito. Em Taboão não teve nem 10 mil (9.908 votos).

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