ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes e Taboão da Serra
O candidato a governador Luiz Marinho (PT) fez campanha no domingo (23) em Embu das Artes e Taboão da Serra em que prometeu implantar o Bilhete Único Metropolitano, disse que o metrô em Taboão depende de “estudar o projeto existente” ou “desenvolver” um novo e falou em criar um programa de “internação domiciliar”. Ele disse ainda que, se eleito, a polícia vai ter “valorização salarial e de estrutura” e não vai tratar o jovem do centro e o da periferia diferente.
Marinho, que foi ministro do governo Lula, e prefeito de São Bernardo do Campo por oito anos, prometeu integrar os tipos de transporte e de tarifa. “É preciso fazer integração de modalidade de transporte, o povo acaba pagando demais por uma qualidade muito duvidosa. Vamos implantar o bilhete único mensal integrado, objetivando reduzir o preço da passagem. Vamos trabalhar para modernização e ampliação das linhas para ter transporte de qualidade”, afirmou.
“É preciso acima de tudo destravar os investimentos e botar para funcionar o que já existe”, afirmou Marinho. Sobre o metrô em Taboão, que ainda não existe, ele disse ser “plenamente a favor”. “Vamos estudar o projeto existente, se dá conta, senão vamos desenvolver o projeto. Tem que esticar as linhas onde for possível, se há lotação, se cabe a extensão ou é preciso criar outro ramal, é preciso integrar. É ter um sistema eficiente e o mais barato possível”, disse.
Na saúde, Marinho propôs estreita parceria entre o Estado e prefeituras para “funcionar bem o que tem construído”. “Tem vários hospitais com ociosidade”, disse. Para regiões com déficit de leitos, ele defendeu a internação domiciliar a paciente que carece de longo cuidado em hospital, mas não intensivo. “Uma equipe multidisciplinar iria visitá-lo. Para rodar as vagas nos hospitais. Em São Bernardo tinha 440 internados. Como se fosse um hospital de 440 leitos”, disse.
Marinho disse que o governador “tem que cuidar da polícia” para os policiais atenderem bem os cidadãos. “Vamos reestruturar as polícias. O Estado também tem que cuidar da polícia, como a polícia não é cuidada, eles [policiais] não cuidam lá na ponta. Precisamos ter valorização salarial e de estrutura. 85% da força policial está endividada. O Estado tem que prover uma retaguarda para os policiais atuarem bem e cobrar a contrapartida do bom policiamento”, disse.
O candidato petista disse também que, se eleito, as polícias terão “orientação diferente”. “Não pode ter um coronel [comandante da PM] falando que vai tratar o jovem do centro de um jeito e o da periferia de outro. O papel da polícia é cuidar das pessoas, independente do território”, enfatizou. Ele afirmou que para enfrentar o crime organizado criará “uma força tarefa das polícias”, com Ministério Público, Judiciário e sociedade organizada. “Coisa que não tem”, disse.
Marinho disse, porém, que não se combate o crime “só com polícia”. “É preciso entrar com a educação, o esporte, a cultura, novas tecnologias, e gerar emprego. Vamos financiar o pequeno comércio, o micro e pequeno empreendedor, vamos criar um banco de fomento para ter crédito mais barato e gerar emprego. Dando oportunidade para o jovem, você tira ele da abordagem do crime”, disse. Ele também prometeu dobrar o salário dos professores em quatro anos.
Em Embu, Marinho fez caminhada no comércio no Santo Eduardo e discursou no Vazame no comitê do candidato a deputado federal Natinha (Podemos), com dobrada com o PT. Em Taboão, pediu voto na feira do Pirajuçara e se reuniu com militantes no Sindicato dos Metalúrgicos na Vila Iase. O deputado estadual e candidato à reeleição Geraldo Cruz, o candidato a deputado federal Oderlan e os vereadores de Embu Rosângela Santos e Edvânio Mendes acompanharam.
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