ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O PSDB informou nesta segunda-feira (10) que os vereadores de Taboão da Serra dissidentes – Eduardo Nóbrega, Carlinhos do Leme, André Egydio e Érica Franquini – serão expulsos do partido. A direção da sigla disse que o processo de desfiliação foi iniciado na quinta-feira (6), “por agirem em desacordo com as normas partidárias desde o princípio do processo eleitoral”. Hoje, eles fizeram campanha para o candidato a governador Paulo Skaf (MDB) em visita a Taboão.
Os quatro vereadores tucanos romperam com o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) após não terem concordância do mandatário para apoiar a candidata a deputada federal Ely Santos (PRB), irmã do prefeito Ney Santos (PRB), em dobrada com a deputada estadual e postulante à reeleição Analice Fernandes (PSDB), mulher do prefeito, e depois de Fernando brigar com Bodinho por causa da divergência. No entanto, Fernando diz que o entrevero é um “pretexto”.
“O PSDB repudia a atitude oportunista e vingativa dos vereadores, mas reafirma sua convicção de que apenas com o fortalecimento partidário será possível mudar a maneira de fazer política no Brasil”, diz a direção, segundo o “G1”. Ao caminhar com Skaf pelo Pirajuçara, André admitiu que “podemos até ser expulsos”. “Mas não estamos preocupados com isso agora. Nossa preocupação é ficar ao lado do Skaf, entendemos que o Skaf é o mais preparado”, declarou.
A expulsão dos dissidentes já estava sendo providenciada, pelo próprio prefeito de Taboão, que é o presidente do PSDB municipal e membro da direção estadual do partido. Indagado sobre a medida, no dia 1º, três dias depois de o grupo retirar o apoio a Analice para apoiar o candidato Hugo Prado, vereador lançado por Ney, Fernando falou sobre o processo e se referiu à presença do vice-prefeito Laércio Lopes (PSDB) na reunião de anúncio do rompimento do bloco.
“Eu já encaminhei a fita [vídeo da entrevista dos tucanos dissidentes] para eles [Comissão de Ética do PSDB] analisarem. Provavelmente, eles vão receber uma correspondência e vão ter que que explicar lá o porquê [da infidelidade partidária]. O que houve lá – e o vice foi muito claro, foi muito honesto – é que eles foram conversar com o Paulo Skaf e fizeram um acordo de que apoiariam o Skaf. Por isso, o vice foi levado para a reunião”, disse Fernando, contrariado.
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