Acusada de assédio moral e corrupção, adjunta de Saúde de Ney depõe por 3 horas

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

A secretária-adjunta de Saúde de Embu das Artes, Maria Serrano, prestou depoimento nesta segunda-feira (20) na Delegacia Central do município durante cerca de três horas, entre o fim da tarde e início da noite – ela deixou a unidade policial por volta das 19h30. Ela é denunciada por assédio moral por funcionários e é alvo de outras acusações, de que recebe dinheiro de médicos em troca de trabalho na rede e altera folhas de ponto para ficar com parte do pagamento.

Maria Serrano posa ao lado dos candidatos que apoia, Hugo Prado (PSB) e
Maria Serrano posa ao lado dos candidatos que apoia, Hugo Prado (PSB) e Ely Santos (PRB), lançados por Ney

Serrano tem humilhado servidores de várias unidades de saúde, que se dizem tratados como “cachorro” pela adjunta. Funcionários da UPA Santo Eduardo registraram boletim de ocorrência de agressão verbal. O Sindicato dos Servidores cobrou explicações sobre a postura de Serrano. “Tal pedido se faz necessário em relação às diversas reclamações dos servidores do Samu, PS, UPA e UBS do Jardim Vista Alegre, quanto à falta de educação e respeito da servidora”, diz.

Sobre as acusações de irregularidades, Serrano teria trazido para Embu um grupo de médicos, cerca de 15 – a maioria estrangeiros -, para atuar sob contrato de emergência. Em troca de clinicar na rede municipal, os médicos pagariam pelo menos R$ 1 mil por mês a Serrano, além de entregar cesta básica à adjunta. A outra acusação, também grave, é de que Serrano comandaria um esquema de corrupção para beneficiar esses médicos e embolsar mais recursos públicos.

Serrano alteraria as folhas de ponto dos referidos médicos para constar que trabalhavam 200 horas semanais, quando na realidade trabalhavam apenas 40. Os valores da diferença seriam repassados a Serrano. Não somente à adjunta. Vanessa Silva, secretária do prefeito Ney Santos (PRB), e Thamires de Souza May, secretária de José Alberto Tarifa, secretário de Saúde, fariam parte do esquema e receberiam o dinheiro. As denúncias foram publicadas por “O Furão”.

Considerada estúpida e arrogante por servidores, Serrano também é acusada de ser antiética. Em junho, a secretária-adjunta “pediu a cabeça” de Tarifa. Ela e servidores em postos-chave que atraiu se reuniram com Ney e achincalharam o secretário. A “armação” foi por causa de política. Ela expôs que Tarifa apoiaria Analice Fernandes (PSDB), e não Hugo Prado (PSB), a deputado estadual. “Chegado” a Serrano, Ney “segurou” Tarifa, mas por não ter outro para substituir.

OUTRO LADO
O VERBO contatou Maria Serrano e perguntou sobre o depoimento. “Pode esclarecer à opinião pública?”, disse. Ela estava online, mas silenciou. A reportagem ligou. Ela não atendeu. Secretária de Tarifa, Thamires também foi procurada sobre ter sido envolvida em denúncia de corrupção na secretaria. Ela viu a mensagem, mas também não respondeu. O site não localizou Vanessa, secretária do prefeito. A Polícia Civil de Embu tenta impor “sigilo” ao caso Maria Serrano.

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