Bobilel truca crítica de Clóvis; Hugo empregou ex-secretário na Câmara por R$ 6 mil

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
GABRIEL BINHO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Na primeira sessão após o recesso parlamentar, o vereador Bobilel Castilho (PSC) reagiu nesta quarta-feira (1º) à crítica do ex-secretário do governo Chico Brito (ex-PT) Clóvis Cabral de que as sessões da Câmara são uma “tortura” e contra-atacou ao dizer que Clóvis “mamou” na prefeitura e foi “um câncer nesta cidade”. Bobilel disse que Clóvis também quis “mamar” na Câmara, mas não citou que o presidente Hugo Prado (PSB) que o empregou, com salário de quase R$ 6 mil.

Bobilel
Enquanto Índio ri, Bobilel contra-ataca Clóvis, que foi assessor de Hugo, constrangido após fala do vereador
Clóvis (dir.) e Chico durante inauguração de quadra no Jd. Santa Tereza
Clóvis (dir.) com Chico durante inauguração de quadra no Santa Tereza e ao comentar sobre sessão da Câmara

Em comentário à coluna do Cidadão Comum no VERBO, na terça-feira (31), intitulada “O circo está de volta”, em referência à volta da sessão da Câmara de Embu, Clóvis fez uma crítica dirigida particularmente a um parlamentar. “Sessão dessa Câmara é uma tortura, tem vereador que pensa que o povo é surdo e só fala gritando, e o pior, só fala asneiras”, escreveu o ex-secretário de Serviços Urbanos, em farpa, apesar de não nominar, em Bobilel, seu desafeto.

Logo no início da sessão, ao citar que Clóvis disse que o discurso dos vereadores “é uma tortura e dói até os ouvidos”, Bobilel afirmou que o ex-secretário passou por Embu e “destruiu nossa cidade”. “O senhor tinha empresa nos Serviços Urbanos que mamava na prefeitura. Nas empresas que trabalhavam na prefeitura, o senhor mandava e desmandava, pedia para contratar quem queria. Respeite esta Casa, quem tortura os ouvidos das pessoas é o senhor”, reagiu.

Bobilel disse que Clóvis tentou retomar o cargo quando o atual governo chegou ao poder, em 2016, mas ele próprio “pediu a cabeça” do ex-secretário. “Quando o prefeito Ney Santos ganhou a eleição, o senhor quis ser o secretário. O senhor está certo em falar [criticar o vereador], eu fui um dos primeiros a votar [se manifestar] contra a sua volta, porque o senhor foi um câncer nesta cidade, acabou com esta cidade, seus irmãos mamavam na prefeitura”, acusou.

O vereador avisou que Clóvis sempre quando criticar a Câmara “terá resposta”. “O senhor era o braço direito do prefeito [Chico], mamou [na prefeitura] com o prefeito, colocou o seu irmão para ser motorista particular do prefeito, e depois foi lá e processou o prefeito. O senhor não passa de um mau caráter e um oportunista”, disparou. Durante a fala do colega, o líder de Ney na Casa, Índio Silva (PRB), riu, escondido. Apesar de “chutado”, Clóvis declarou apoio a Ney.

Bobilel disse ainda que Clóvis quando quiser criticar tem que ir à tribuna da Câmara, “e não ficar usando rede social, o senhor não é exemplo nenhum na cidade”. “Até o candidato que apoiava, o senhor traiu”, disse. Ele citou ainda que Clóvis “tentou” ser nomeado na Câmara. “Tentou mamar aqui, tentou ser assessor, só que não conseguiu”, afirmou. Na verdade, Clóvis atuou na Casa por dois meses, entre dezembro de 2017 e fim de janeiro deste ano, apurou o VERBO.

Aliado do presidente, Bobilel escondeu, porém, que foi Hugo que colocou Clóvis como “cabide de emprego” na Câmara, com salário de R$ 5,8 mil – Hugo, assessor pessoal de Chico por quatro anos, e Clóvis eram as pessoas mais próximas ao prefeito. O VERBO apurou por que Clóvis teve exoneração “relâmpago”. O principal motivo foi que os vereadores ameaçaram Hugo de não apoiá-lo a deputado se Clóvis coordenasse a campanha. Sob pressão, Hugo o dispensou.

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