Advogado contesta reportagem, mas refuga e não diz paradeiro de Renato e cúmplice

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

A defesa dos autores confessos da tentativa de homicídio contra o repórter e chargista do VERBO Gabriel Binho contestou nesta quarta-feira (18) a reportagem deste portal sobre o assessor do prefeito Ney Santos (PRB) Renato Oliveira e o segurança Lenon Roque terem se evadido da região com medo de terem a prisão preventiva decretada pela Justiça e serem conduzidos a um centro de detenção. O advogado se esquivou, porém, a dizer o paradeiro dos réus.

Advogado contesta
Advogado contesta sobre Renato (dir.) e Lenon, réus do caso Binho, terem se evadido, mas não diz paradeiro 

Cerca de 12 horas depois de a reportagem ser publicada, o advogado Robson Cyrillo procurou o VERBO – às 12h41 – e criticou o texto jornalístico. “Foi publicado [sic] na data de hoje uma matéria inverídica. E, pelo site justo que acredito que seja, gostaria de me posicionar sobre a mesma com direito de resposta”, disse. O VERBO perguntou onde estavam Renato e Lenon. “Estão na comarca de Embu. Me conceda o direito de resposta que explico o que precisar”, prometeu.

A reportagem quis saber o local. “Você quer visitá-los?”, disse Cyrillo. “Queremos”, respondeu o site. “Conceda o direito de resposta que marcamos para falarmos. Sem problema algum”, prometeu o advogado. “Está concedido, Dr.”, disse o VERBO. “Combinado. Quero ter certeza de que não mudará nada do que perguntarem, ok? Porque sabemos o laço que possuem com a vítima”, falou. O site: “A vítima é repórter do VERBO, Dr. [Já era] Antes de os denunciados atacarem-no”.

Apesar de Renato confessar ter atingido Binho na rodovia Régis Bittencourt na madrugada de 28 de dezembro de 2017, após fazer tocaia por mais de duas na praça central de Embu e perseguir a vítima por cinco quilômetros, até o ponto da estrada onde derrubou o profissional, Cyrillo alegou o contrário. “Aí e [é] o que diz. Porque não foi provado nada ainda. Até porque eles estariam preso [sic] se houvesse essa certeza”, disse ele, em estratégia de desconfigurar o atentado.

Porém, o juiz Rodrigo de Godoy não presumiu a inocência de Renato e Lenon para não acatar o pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público. Ele não deferiu a medida sob argumento de que os denunciados não têm passado criminoso e não pretendiam fugir, principalmente. Mas Godoy determinou a concessão de medida de proteção a Binho e determinou que os autores do atentado fiquem no mínimo a 300 metros de distância da vítima.

O VERBO voltou a indagar sobre o paradeiro de Renato e Lenon. O advogado mudou a conversa e não manteve a palavra de que ia explicar ao site “o que precisar”. “Mas onde estão os denunciados, Dr.? O sr. ainda não respondeu”, disse o portal. “Não tenho que te responder o endereço correto… quem tem que ter essa informação e [é] o Judiciário… no dia que marcarmos terá todas as respostas desde que publiquem o que realmente falaremos na entrevista”, falou.

O VERBO concluiu que o texto que apontou que Renato e Lenon tinham se evadido da região não merecia correção. “Então, desculpe, a reportagem não é inverídica”, disse. “Então ok. Pedirei em juízo a resposta”, apelou o advogado. A audiência para ouvir os réus, além da vítima, foi marcada para 19 de setembro. O MP, que denunciou os réus por tentativa de homicídio triplamente qualificado, avaliou que já a decisão de não prender os dois promove a impunidade.

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