ANA CAROLINA REIS
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
Passageiros foram obrigados a descer de um ônibus da linha (intermunicipal) 510 – Jardim Vazame/Embu das Artes – Pinheiros/São Paulo por quatro homens armados, na madrugada desta segunda-feira (28), pouco depois das 5h30, de acordo com um usuário. Ninguém, porém, foi assaltado. O grupo só falou que “ninguém ia trabalhar hoje” e mandou as pessoas saírem do coletivo. Passageiros creem que ação não violenta tenha relação com o protesto dos caminhoneiros.
O passageiro que relata o caso saiu às 5h30 do Vazame, onde mora, pegou o ônibus, mas no Jardim Maria Sampaio – já em São Paulo, mas poucos minutos após o ponto inicial – os homens entraram e pediram para as pessoas descerem. “Segundo ele, pediram para descer porque ninguém ia trabalhar hoje. Mas não foi assalto, não assaltaram ninguém”, diz a filha do senhor que estava no coletivo. O VERBO indagou se o grupo tinha arma. “Ele disse que viu sim”, conta.
De acordo com a filha, o passageiro conta ainda que o ônibus estava cheio e ainda não tinha clareado. “Aí eles [os homens] apareceram em um carro preto, pararam o ônibus e entraram. Ele estava na frente e não viu ninguém sendo roubado, por isso acha que não foi assalto. Falaram para o motorista que não era para ele estar rodando. Ele acredita que fizeram por estar escuro”, conta a mulher. Ele pegou um ônibus no sentido contrário para voltar para casa.
“Mais tarde, ele passou pelo mesmo local e não houve nada, foi só no horário das 5. Talvez foi só aquele episódio”, relata a filha. Ainda segundo ela, o pai vê relação com a manifestação dos caminhoneiros que estaria incentivando a população parar a rotina para também protestar contra o governo. “Ele acredita que sim”, diz ela. O VERBO pediu para falar com o usuário. Ele preferiu não comentar. “Foi muito chato, não quero falar sobre”, disse, em mensagem de texto.
Contatada pela reportagem por volta das 10h, a Viação Miracatiba, que opera a linha 510, informou que até aquele horário não teve conhecimento de qualquer ocorrência como a relatada. “Não temos essa informação. Com esse tipo de situação, que eu saiba, não, no departamento onde eu trabalho ninguém tem conhecimento de que entrou um homem armado dentro do coletivo e pôs todo mundo para fora”, disse a fiscal de tráfego Lúcia (não falou sobrenome).
> Colaborou Alceu Lima, da Redação do VERBO ONLINE
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