PF mira Ney em operação com mais de 100 mandados contra fraudes em licitações

Especial para o VERBO ONLINE

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (9) cerca de 120 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, entre eles a capital e também Embu das Artes, em que um dos principais alvos é uma das casas do prefeito Ney Santos (PRB), em Barueri (Grande São Paulo). A megaoperação visa combater fraudes em licitações em que há uso de recursos federais. Conforme apurou a reportagem, policiais federais também estiveram na prefeitura.

Prefeito Ney
Prefeito Ney (PRB), um dos principais alvos de operação da PF contra fraudes em licitações públicas nesta 4ª

Cerca de 500 agentes da PF estão na cidade de São Paulo e na região metropolitana para cumprir os mandados, que não são de prisão – o Tribunal Regional Federal na capital não autorizou detenção. Na sede da PF em São Paulo, na Lapa (zona oeste), já começam a chegar viaturas com material apreendido. Na prefeitura de Embu, o clima é tenso. O secretário-chefe de gabinete de Ney, pastor Marco Roberto, passou entre os setores da administração muito nervoso.

Acusado de adulteração de combustível, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha, além de elo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), Ney exerce o cargo de prefeito graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), no início de 2017. O processo segue. Denunciado pelo Gaeco (grupo de combate ao crime organizado) do Ministério Público, ficou foragido 60 dias.

Apesar de o imóvel de Ney em Alphaville ser bastante “conhecido” pelas frequentes visitas da polícia, o prefeito mora atualmente no Condomínio Vale do Sol, em Embu, em casa comprada de um empresário da região do setor de padarias requintadas – onde faz “festinhas” para vereadores e secretários. Ney também é visto em estada em condomínio em Taboão da Serra. Durante fuga após ter a prisão decretada no fim de 2016, ele disse que ficou escondido em Taboão.

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