Pais reclamam de falta de pediatra no PS de Embu; após grita, médicos aparecem

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Moradores de Embu das Artes reclamaram que o Pronto-Socorro Infantil (centro), gestão Ney Santos (PRB), não tinha pediatra para atender nos consultórios na noite desta segunda-feira (7), apesar de o PS ser obrigado a ter pelo menos dois profissionais a partir das 19h. Um pai, que estava com o filho de quatro meses com dificuldade de respirar, chegou a gravar imagens do corredor com cerca de dez pacientes à espera e as salas de atendimento vazias, sem médicos.

Em vídeo
Vídeo mostra pais com filhos aguardando atendimento no PS Central e um dos dois consultórios sem médico
Pronto-Socorro Infantil
PS Infantil (com porta ao lado do PS adulto) já com pouco movimento após médico ‘aparecer’ diante de queixa

“Pediatria… Sala de médico, sem médico”, diz o pai no vídeo, por volta das 22h30, após uma hora sem atendimento, apesar de a escala indicar que dois pediatras deveriam estar nos consultórios. Morador do Dom José, ele contatou um vereador, Jefferson do Caminhão (PSDB), que foi ao PS. Meia horas depois, os profissionais surgiram. “Apareceu um. Depois do vereador procurar, apareceu o outro”, conta. Ele também procurou o VERBO, que compareceu à unidade.

O pai só passou a criança em consulta após reclamar na recepção e direção, e o vereador também cobrar atendimento. “O coordenador [diretor] conversou com o Jefferson lá fora, voltou e pôs ordem, inclusive falou para a pessoa do raio-x organizar a fila na sala de espera e não no corredor”, conta. “Há meia hora atrás tinha 11 pessoas na minha frente”, relatou outro pai, Fernando Bento, 24, morador do Jardim Pinheiros, indicando a sala cheia pela falta de médicos.

Depois das 22h, início de outro turno, um novo coordenador assumiu a direção do PS e negou que pelo menos um médico não estava consultório, apesar de avisado do vídeo de um pai. “Temos dois pediatras à noite. Tinha um médico atendendo, e o outro estava fazendo remoção de uma criança que está com suspeita de meningite. Isso demora de meia-hora a 40 minutos, não tem jeito. Mas ficar sem nenhum médico é impossível”, disse Rony Arantes ao VERBO.

“Para não faltar médico, tem coordenador aqui de manhã, à tarde e à noite. De repente não tem nenhum porque um está fazendo ficha de transferência e o outro pode estar passando medicação, que é coisa de dez minutos no máximo. E sabe o que está acontecendo aqui também, está vindo gente de todo lugar [outras cidades]”, alegou Arantes, do Instituto Edusa, gestora do PS. O VERBO disse que os dois pacientes entrevistados não são de fora, moram em Embu.

Após reclamar, até apelar a vereador, o pai da criança de quatro meses, que não quis se identificar, teve receitado para o filho pelo pediatra que “apareceu” duas inalações e no retorno “medicação para casa”. Ele chegou ao PS por volta de 21h30 e foi embora à meia-noite e meia já desta terça. “O vereador não furou a fila, o meu filho foi atendido na ordem de chegada. Mas a chamada na orelha do coordenador o fez distribuir a bronca e tudo fluiu depois disso”, contou.

PRONTO-SOCORRO INFANTIL DE EMBU DAS ARTES SEM PEDIATRA PARA ATENDER NESTA SEGUNDA-FEIRA

 

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