ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra e Embu das Artes
Até a quinta-feira (12), o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) entregou 32% dos conjuntos de uniforme para os alunos da rede municipal de ensino de Taboão da Serra – não atingiu nem 1/3 do total dos estudantes -, informa a “Gazeta de S. Paulo”. O governo alega que o fornecedor não cumpriu o cronograma de entrega total das peças e foi obrigado a fazer a distribuição de forma gradativa. Em Embu das Artes, a situação é ainda pior, com menos alunos atendidos.
Em nota, a prefeitura de Taboão informou que “iniciou no dia 1º de março a entrega de uniformes e de materiais escolares”. “Inicialmente, a previsão era que todos os uniformes fossem entregues no mês de março. No entanto, a empresa responsável pela confecção não cumpriu com o cronograma e a distribuição está ocorrendo na medida em que a empresa realiza a entrega dos lotes nas escolas”, diz. Apesar de mirar março, as aulas começaram em fevereiro.
Ainda no informe, o governo Fernando fala em punir a empresa fornecedora. “A prefeitura de Taboão da Serra já estuda a possibilidade de penalizar a empresa Ektor Indústria e Comércio Ltda-ME devido ao atraso, uma vez que os estudantes estão sendo prejudicados”, finaliza. Na manhã de quinta-feira, a “Gazeta” acompanhou a entrega dos uniformes na EMI Tio Barnabé, no Jardim Trianon, que atende 240 crianças em dois períodos, divididos em jardim I e II.
Durante a entrega, o secretário de Educação, João Medeiros, destacou o tipo do material e do uniforme. “Os alunos receberam um kit de material escolar de ótima qualidade, assim como o uniforme também. É importante que vocês pais acompanhem a vida escolar dos filhos de vocês, é um trabalho conjunto, não só da escola”, disse. Se a entrega da roupa é ainda deficiente, a prefeitura frisa que o material já foi distribuído para os 30 mil alunos atendidos na cidade.
Já Embu entregou cerca de 25% dos kits de material e uniforme escolar na cidade até quinta-feira, ainda segundo a “Gazeta”. O total a ser distribuído são cerca de 30 mil conjuntos de material para todos os estudantes da rede municipal de ensino direta e conveniada – creches, educação infantil, ensino fundamental I e II, alunos do Centro Educacional Armando Vidigal e educação de jovens e adultos (EJA) – e 28.443 uniformes, exceto para berçário, fase I e EJA.
O prefeito Ney Santos (PRB) iniciou a distribuição dos itens quase dois meses após o início das aulas, no dia 27 de abril. Ele chegou a espalhar pelos quatro cantos de Embu outdoors com a promessa de entrega dos kits “nos primeiros dias de aula”, em fevereiro. Quis ser ainda mais convincente ao dizer aos pais que “fiquem tranquilos”. Não passou de discurso vazio. Em 2017, Ney também demorou e ainda fez piada (“Kit escolar atrasou, mas chegou e tá demais”).
Ao VERBO, o secretário de Educação de Embu alegou culpa das empresas fornecedoras dos kits escolares para a prefeitura. “Havia a programação de entrega nos primeiros dias, no entanto, os fornecedores não cumpriram os prazos de entrega por questões diversas e as medidas contratuais foram tomadas, conforme prevê a legislação vigente, ao mesmo passo que intensificamos ações para que regularizássemos as entregas em menor tempo”, disse Pedro Ângelo.
Os kits começaram a ser distribuídos ainda quatro dias depois de o secretário conversar com a reportagem e dizer que “iniciaremos nos próximos dias as entregas”. Os kits são compostos por até 19 itens, que incluem cadernos, canetas, lápis, borracha, apontador, régua, tesoura, cola, lápis e canetas coloridas e massa de modelar, que variam de acordo com a fase do aluno. O uniforme consiste em bermuda, calça, camisetas de manga curta e longa, jaqueta, meias e tênis.
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