ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, na região do Pirajuçara, em Taboão da Serra
Fiel ao evangelho, a 17ª Paixão de Cristo no Pirajuçara, em Taboão da Serra, teve o ato da ressurreição na noite deste domingo de Páscoa (1º), “ao terceiro dia”, em que o personagem de Jesus transmitiu mensagem de esperança e encorajamento aos cerca de mil espectadores reunidos no ginásio Zé do Feijão, local da encenação pela primeira vez. No desfecho da história, elenco e público cantaram e dançaram em festa pelo acontecimento central da fé dos cristãos.
Na sexta-feira (30), os cerca de 65 atores, amadores, membros da Paróquia São João Batista, reviveram o sofrimento e morte de Jesus e emocionaram. Neste domingo, o público assistiu à encenação de mais de dez passagens bíblicas, iniciada com o pedido de Caifás para Pilatos vigiar o túmulo de Cristo, em investida das trevas sobre a “luz” de Jesus. “Já matei este homem para você. Espero que este problema tenha morrido com ele”, disse o governador ao sacerdote.
O desfecho da 17ª Paixão narrou também o anjo dizer a Maria Madalena que Cristo ressuscitara, o pranto de Madalena na busca dolorosa por Jesus, que reaparece e dialoga com a seguidora, em cena marcante. Retratou ainda os discípulos de Emaús desapontados até reconhecerem Cristo ao partir o pão, o mestre diante do incrédulo Tomé, Jesus ao encorajar Pedro a conduzir os primeiros cristãos, quando ocorreu um problema técnico, mas superado com maestria.
Depois, diante dos discípulos, Cristo abriu os braços e transmitiu mensagem de coragem a formar comunidades e amar o semelhante como fez, com a promessa de nunca desemparar os que o seguirem, ao som de música e dança que levou o público a se emocionar e proclamar que “Jesus ressuscitou” – Cristo “entrou” em pano branco no fundo do palco. A encenação durou 50 minutos, em torno do mesmo tempo do ano passado, quando também foi um musical.
Cantor litúrgico, Ricardo Santos contou que com a ideia de se repetir o formato de musical as mesmas pessoas fariam os personagens principais, quando aceitou viver Jesus pela segunda vez consecutiva. “Nunca é fácil representar o papel tão grande quanto o de Cristo, mesmo sendo a mesma proposta e com muita ajuda da equipe. A gente se emociona com a emoção das pessoas, elas já conhecem a história, mas se emocionam, que é o que buscamos”, disse, realizado.
Com a “cabeça a mil” de tão emocionada pelo êxito da Paixão, a diretora-geral Josy Matos mal conseguia falar ao final. “Tudo valeu muito a pena. Vamos ouvir depois se as pessoas gostaram. Para o ano que vem, não tem nada certo”, disse. Ela avaliou como positivo o ginásio como local. “Tivemos um pouco mais de trabalho, mas deu para acomodar bem as pessoas. Faltou mais divulgação para atingir mais pessoas, o povo da rua, não só das comunidades”, falou.
> Compartilhe pela fanpage do VERBO ONLINE