Taboão tem falta de remédios e demora para consulta de até 3 anos, critica conselho

Especial para o VERBO ONLINE

PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Taboão da Serra, Ledivan Lopes Seabra, criticou na última terça-feira (13) a gestão da saúde do governo Fernando Fernandes (PSDB) e disse que faltam medicamentos nas unidades básicas, os postos demoram a marcar consultas de rotina e pacientes chegam a aguardar agendamento com médicos de especialidades há três anos. Em manifestação na Câmara, Lopes cobrou os vereadores a “fiscalizar mais” os serviços.

Presidente do Conselho Municipal de Saúde
Em tribuna, Lopes, presidente do Conselho de Saúde de Taboão, cobra fiscalização de aplicação dos recursos

Em fala de apenas cinco minutos, em tribuna popular, Lopes reconheceu o investimento da gestão, mas questionou a aplicação dos recursos. “O conselho municipal [com outra composição] pode ser novo, mas os problemas são antigos. Como morador há mais de 25 anos, não adianta dizer que está tudo bem, que não está. Não culpo o prefeito, quando disponibiliza 33% do orçamento para a saúde. Agora, precisa ver como estão sendo distribuídos os trabalhos”, iniciou.

Lopes disse ter visitado algumas unidades básicas de saúde “que deixam a desejar”. “Está faltando remédio, falta gaze, faltas inúmeras coisas nas UBSs. Não tem como a pessoa [funcionário] trabalhar sem material”, disse. Ele falou também sobre as listas de espera “que falam que não existem mais”. “Eu tenho uma [solicitação de marcação de] mamografia aqui desde o mês nove [setembro]. Tivemos o outubro rosa e falaram que a fila estava zerada”, reprovou o presidente.

Lopes ainda relatou que pacientes estão aguardando consulta com mastologista desde julho do ano passado e com neurologista há três anos, “desde 2015”. Ele também reprovou a demora em abrir marcação para consultas regulares, como com clínico, por exemplo. “Digo porque sou testemunha, a pessoa vai três meses na unidade para fazer um agendamento, a pessoa olha na sua cara e fala: ‘A agenda não está aberta’. Volto, e: ‘Não foi aberta ainda'”, contou.

“Acham que nós não trabalhamos, que não temos compromissos? Precisa mudar isso. Todos que vão lá não vão para sentar no banco da praça. Se vão lá, é porque precisam”, afirmou o presidente sobre a população que busca os serviços municipais. Lopes disse que o conselho de saúde “não veio aqui para criticar” e que está “buscando alternativas junto à secretaria e aos demais conselheiros para resolver os problemas” na área, mas que o Legislativo não seja omisso.

“Peço aos vereadores, especialmente aos da Comissão de Saúde, para fiscalizar mais, nos ajudar nesta luta. Estou andando de unidade em unidade, não adianta dizer que não existem problemas. Existem, sei do que está falando”, encerrou Lopes. Os componentes da Comissão de Saúde da Câmara são Eduardo Nóbrega (PSDB), presidente, Alex Bodinho (PPS), vice, e Rita de Cássia (PSDB). Procurado sobre as críticas do conselho, o governo Fernando silenciou.

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