PEDRO HENRIQUE FEITOSA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A sessão solene em comemoração aos 59 anos de autonomia político-administrativa de Embu das Artes, no domingo dia 18, teve um ato inédito, a entrega da medalha “18 de Fevereiro”, recém-criada pelos vereadores da cidade, no dia 7 de fevereiro. Dedicada não apenas a moradores, a honraria pode ser conferida a “residentes ou não no território nacional”, bastando terem vínculo com Embu, “além de possuírem comprovado mérito para o recebimento”.
Cada vereador teve direito a indicar um agraciado, sem necessidade de aprovação em plenário – após aval da direção da Câmara conforme os critérios fixados em lei, os nomes foram anunciados dois dias antes, em sessão na sexta-feira (16) excepcionalmente. Nem todos os 17 vereadores, porém, indicaram pessoas para receber a medalha. No total, foram 13 – Luiz do Depósito (PMDB), André Maestri (PTB), Dra. Bete (PTB) e Edvânio Mendes (PT) não compareceram.
Foram agraciados com a medalha “18 de Fevereiro”, entre outros, o líder comunitário Paulo Eusébio da Luz, de associação de deficientes; o carteiro Denivaldo Jesus de Matos, que ficou preso injustamente por dois meses; o líder de movimento de moradia Manoel Vicente dos Santos, o Manelão; a cantora católica Marília Mello; o vice-prefeito Peter Calderoni (PMDB); o secretário de Finanças, José Roberto Jorge; e o próprio presidente da Câmara, Hugo Prado (PSB).
Além da conferir a medalha, a Câmara homenageou os emancipadores – que batalharam para Embu deixar de ser distrito de Itapecerica da Serra e se tornar cidade – com a entrega da comenda Padre Belchior de Pontes e ramos de flores a familiares dos pioneiros. Filha de Carlos Koch, que reunia os idealistas em casa pela causa, Edna Koch ocupou a mesa da cerimônia. Annis Bassith, 90 anos, único emancipador vivo, primeiro prefeito de Embu, não pôde comparecer.
Hugo destacou a criação da medalha e lembrou os pioneiros de Embu. “Sabemos a importância dos emancipadores no processo de construção da cidade. Não apenas os emancipadores, Embu das Artes é constituída de 260 mil histórias que, diariamente, fazem dela uma cidade mais feliz e tão importante no eixo da BR [116]. Quisemos homenagear pessoas que fizeram e fazem parte ativamente da história de Embu, que contribuem com seu desenvolvimento”, disse.
Presidida por Hugo, com a presença do prefeito Ney Santos (PRB), a solenidade reuniu cerca de 400 moradores e convidados. “Pela quantidade de pessoas, pela forma como ocorreu, foi uma sessão extremamente exitosa. Fico feliz, agradeço a todos os vereadores que se comprometeram com o povo da cidade, estiveram aqui e fizeram a sua parte. Respeito os que não estiveram, mas estamos caminhando muito para transformar a história de nossa cidade”, disse.
O presidente foi questionado sobre o clima na Câmara pela ausência de quatro vereadores da oposição na cerimônia de 59 anos de Embu. “Não posso fazer uma análise, nenhum apresentou justificativa por que não estaria presente. A vereadora Rosângela Santos, que desde o início foi opositora ao governo esteve presente, fez sua homenagem. Até porque é a comemoração do aniversário da cidade, não é um ato de quem é governista ou não é”, afirmou Hugo.
WILSON DEPOLLI
No dia da comemoração da emancipação de Embu, dia 18, morreu o ex-vereador Wilson Depolli, aos 87 anos, vítima de complicações pulmonares. Parlamentar da Câmara na sexta legislatura (1983-88), Depolli chegou a Embu há mais de 50 anos e participou do desenvolvimento da cidade. Engenheiro elétrico, foi diretor da indústria Arbame e presidiu a Acise (associação empresarial de Embu). Também foi presidente da Sepac (Sociedade Embuense para Promoção da Criança).
VEJA IMAGENS DE HOMENAGEADOS DA CÂMARA DE EMBU DAS ARTES COM A MEDALHA ’18 DE FEVEREIRO’
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