Empresário de Taboão sumido há uma semana deve ter sido ‘executado’, diz delegado

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Jardim São Miguel, em Taboão da Serra

Delegado de Taboão da Serra disse na quarta-feira (26) que a investigação sobre o desaparecimento do empresário Fábio Mariano Martins caminha para o pior dos desfechos, o de que o proprietário de loja de automóveis no Parque Pinheiros foi “executado”. Ivan Teixeira, da 1ª Delegacia de Taboão, afirmou que não é “normal” uma pessoa com o histórico da vítima “sumir por tanto tempo” e que já tem a alcunha do suspeito, que seria ligado ao crime organizado.

Empresário
Fábio Martins, proprietário de loja de veículos em Taboão da Serra, que está desaparecido desde 21 de julho
Delegado Ivan Teixeira, do 1º DP de Taboão, fala sobre o caso do empresário desaparecido em reunião do Conseg no Senac
Delegado Ivan, do 1º DP de Taboão, aborda caso do empresário desaparecido em reunião do Conseg no Senac

Casado e pai de duas crianças pequenas, Fábio desapareceu no dia 21 após ir cortar o cabelo. Segundo a mulher, Aline Pria, o carro que estava com Fábio foi achado na rua Elpídio José Oliveira, no Jardim Maria Rosa, em Taboão, com a porta do motorista aberta e sem a chave na ignição. Aline verificou se alguma movimentação bancária foi feita, mas não houve retirada de dinheiro ou gasto com cartão de crédito. Ela acredita, porém, que o marido foi vítima de um crime.

“Ele [Fábio] continua sumido, mas a gente já tem a alcunha do provável autor. Agora, é importante diferenciar, uma coisa é esclarecer o fato, outra coisa é prender o sujeito, principalmente porque crime organizado não tem endereço. Mas a gente está próximo de falar ‘foi tal sujeito’, devido a câmera de segurança, carro envolvido. Por coincidências da vida, chegou um investigador de Embu que é nascido e criado em Taboão, conhece os meandros”, disse o delegado.

Indagado sobre o crime de que o suspeito seria acusado, Teixeira citou o pior dos cenários. “A gente está trabalhando com a hipótese de o desaparecido ter sido executado, de que está morto. E não desaparecido, não há razão para um homem saudável, sem histórico de drogas, doença mental, dívidas, sumir. Essa pessoa não some, estatisticamente não tem um porquê. A gente caminha para uma coisa um pouco mais desagradável para a família”, afirmou o delegado.

Delegado há quase 20 anos, Teixeira indicou que a investigação está avançada. “Já ouvimos um monte de gente, exame pericial, exame de DNA já foi solicitado hoje [quarta]. Tomara que até o final da semana tenhamos o nome do sujeito, a alcunha já temos, mas é crime organizado”, disse, ao explicar que com o nome “a gente puxa a foto nos sistemas”. Ele abordou o caso no Conseg Monte Alegre, no Senac. Após o relato, a reunião foi tomada de silêncio de consternação.

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