RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes
O prefeito Ney Santos (PRB), que vai na “rabeira” do estilo administrativo de João Dória (PSDB), imitou mais uma vez o colega de São Paulo ao dizer que demitiu Jefferson Siqueira por não corresponder como secretário de Turismo, menos no ato de agradecer ao auxiliar. Ele apontou que Jefferson não saiu, mas que o dispensou por não ter “alcançado um resultado satisfatório”. Antes de reportagem do VERBO, porém, Ney disse apenas que foi uma “decisão de governo”.
O VERBO publicou que Jefferson do Caminhão (PSDB), como conhecido, pediu demissão na quinta-feira (29) por não estar mais “a fim” de continuar à frente da pasta por querer se dedicar ao cargo de vereador e buscar novo mandato, além de insatisfação com o “núcleo duro” do governo, e não que foi demitido. Conforme a reportagem apurou com interlocutores do ex-secretário, Ney resistia a aceitar a saída de Jefferson – por ele, o amigo seguiria no Turismo.
Contrariado com a reportagem do VERBO, Ney divulgou uma nota em que diz que “realizei a troca do então secretário de Turismo” depois que “analisamos que no prazo determinado não foi alcançado um resultado satisfatório”. “Conversamos a respeito, sabemos que o Jefferson é um bom vereador mas não se adaptou como gestor da referida pasta”, diz ao enfatizar que “conheço o vereador Jefferson Siqueira desde a infância, fomos vereadores juntos”.
“Ele mais do que ninguém sabe que se tivermos que cortar na carne, assim o faremos pensando no bem da nossa população, e é isto que estamos fazendo. Como venho reiterando desde quando tomei posse, cobrarei resultados concretos de todos os secretários municipais, exijo boa gestão, eficiência e rapidez nas ações de melhorias para a nossa população. Embu das Artes não pode esperar, senso de urgência é importantíssimo para acelerar os avanços”, diz Ney.
Ney imita o “jeito Dória” ao empunhar vassoura para limpar ruas e escadões e vara com rolo para pintar calçadas em ações batizadas de “Prefeito No Seu Bairro”, além de incorporar o “acelerar” ao vocabulário de gestor. Agora, ao tentar fazer parecer que Jefferson saiu por não fazer “as coisas acontecerem” em seis meses, emite nota ao estilo do colega. Em abril, Dória dispensou Soninha Francine por não ter o “espírito” do novo foco da secretaria que comandava.
Porém, ao contrário de Dória, que reconheceu a atuação da ex-secretária, Ney não fez qualquer agradecimento ao ex-titular do Turismo. Como apurou o VERBO, Jefferson, que era elogiado na pasta, ficou perplexo com a “ingratidão”. Apesar de afirmar que decidiu trocar o secretário, Ney colocou um substituto sem atuação na área, um suplente de vereador, Zezinho Barros (PSDB). Questionado sobre a qualificação de Zezinho para o cargo, o governo silenciou.
NOTA DO GOVERNO NEY SANTOS SOBRE
A SAÍDA DO SECRETÁRIO DE TURISMO
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