RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, no centro de Embu das Artes
O ex-prefeito de Embu das Artes Chico Brito (sem partido) esteve reunido com o sucessor Ney Santos (PRB) no gabinete do prefeito nesta terça-feira (2), na hora do almoço, sem alarde e longe dos olhos da população. Conforme apurou o VERBO, Chico entrou e saiu pela porta dos fundos da sede da administração municipal (centro) para não ser visto. Eles trataram sobre assunto não revelado. Os aliados Chico e Ney devem, porém, retomar “projetos” comuns para 2018.
Após o prefeito Chico, que ainda estava no PT, e o vereador Ney se enfrentarem na eleição do presidente da Câmara em 2013 e rivalizarem nos bastidores como governo e oposição ao longo daquele ano, ambos negociaram acordo pelo qual Ney deixaria de ser adversário da administração para se tornar apoiador do governo e ter as benesses da gestão. Em troca, Ney deveria passar a “bater” no ex-aliado e agora desafeto de Chico, o deputado estadual Geraldo Cruz (PT).
“Acanhado” no início, o acordo ganhou corpo após o projeto de Chico de eleger o vereador João Leite (PT) deputado estadual e derrotar Geraldo, candidato a novo mandato na Assembleia Legislativa, ser um fracasso retumbante, pelo amplo apoio angariado. Com Geraldo reconduzido ao parlamento paulista, Chico foi para o “vale tudo” da guerra aberta com o petista e deu o “golpe dentro do golpe” para fazer Ney presidente da Câmara em vista da sucessão municipal.
Com a intervenção de petistas graúdos no entrevero dos principais expoentes do partido em Embu, com destaque para o ex-presidente Lula, Chico e Geraldo fizeram uma reaproximação “tácita” para não levar o PT a perder a prefeitura e sacrificar o legado de 16 anos no governo da cidade, apesar da “deglutição” penosa. Mas Chico “roeu” a corda. Com o pretexto de não poder apoiar Geraldo a prefeito por ter que ser leal a aliados apoiadores de Ney, desertou do PT.
Após Ney explorar o governo reprovado de Chico para ganhar a eleição, e Chico tachar Ney de “oportunista”, ambos se associam de novo para tratar de interesses comuns como alijar de vez Geraldo da política. Uma das investidas seria “mexer” em Brasília para que decisão final no TSE crave a inelegibilidade em definitivo do petista. Em 2018 projetam o vereador Hugo Prado (PSB), ex-assessor de Chico, como deputado estadual e o secretário Léo Novais (PR), federal.
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