PSOL rejeita governo interino e pede novas eleições diante de crise em Embu

Especial para o VERBO ONLINE

ANA PAULA TIMÓTEO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) em Embu das Artes divulgou uma nota sobre o impasse da não posse do prefeito eleito Ney Santos (PRB) em que defende que a melhor saída para a crise política na cidade é ter novas eleições. O informe, que diz que Embu “vive uma página difícil de sua história”, tem data de 8 janeiro, quando Ney completou 30 dias foragido. Com prisão preventiva decretada, Ney é denunciado por tráfico de drogas e integrar facção criminosa.

Hugo Prado (PSB), prefeito interino desde o dia 1º, e Dr. Peter (PMDB), vice eleito, que ainda não tomou posse

Com o título “Embu não precisa de um governo interino e sim de novas eleições!”, a nota diz que Embu “não teve um desfecho” no processo eleitoral. “A chapa eleita, com 38% dos votos dos eleitores da cidade, está suspensa fruto de uma profunda investigação criminal e a Justiça Eleitoral, além de suspender a diplomação, determinou a instalação de um governo interino que foi eleito de forma indireta, pela Câmara Municipal, sem a participação da população”, diz.

No dia 12 de janeiro, após a publicação da nota, um ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Napoleão Nunes Maia Filho, autorizou a posse de Ney, em decisão não definitiva – o ato pode ser revertido no plenário da corte. Contudo, Ney ainda não assumiu a prefeitura, para não ir parar na cadeia, por ter prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele teve 79,45% dos votos válidos, mas o PSOL aponta que Ney teve “apenas” 64.828 votos entre 168.050 eleitores de Embu.

O PSOL ressalta que Embu, com 260 mil habitantes, orçamento em torno de R$ 500 milhões e que – como parte da área de mananciais – ajuda no abastecimento de água de mais de 3 milhões de pessoas, “cresceu de forma desordenada e possui desafios enormes na área de saúde, educação, moradia e transporte”. “Nesse sentido, essa instabilidade política prejudica diretamente a vida da população embuense, que deve ter direito de escolher novamente seu representante.”

“O governo interino, nos seus poucos dias, já mostrou que representa os interesses da chapa que está suspensa, anunciou que o município está mergulhado em uma dívida de 240 milhões, mas manteve 6 secretários do governo anterior, inclusive o secretário de Finanças, que ajudou a afundar o município”, diz ainda a nota, sobre a gestão Hugo Prado (PSB). “[…] Deu sinais de que irá investir muito em propaganda, com poucas mudanças reais na cidade”, continua.

“Diante desse contexto, entendemos que a melhor saída para essa indefinição política da cidade é que haja novas eleições para prefeitura e que a população embuense possa, através do voto direto, decidir sobre sua representação. E o PSOL continuará se apresentando como uma alternativa para a nossa querida cidade”, finaliza a nota. Nas eleições no ano passado, o PSOL disputou a prefeitura com o candidato Juninho. Ele teve 5.807 votos (7,12% dos votos válidos).

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> LEIA NOTA DO PSOL ‘EMBU DAS ARTES NÃO PRECISA DE UM GOVERNO INTERINO E SIM DE NOVAS ELEIÇÕES!’
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