ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Em montagem do segundo governo consecutivo em Taboão da Serra, reeleito nas eleições no ano passado, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) decidiu fazer mais duas mudanças na administração municipal com a nomeação de dois ex-vereadores para a gestão. Fernando escolheu Marco Porta (PRB) como secretário-adjunto de Governo e Eduardo Lopes (PSDB) como secretário-adjunto de Comunicação. A informação foi publicada pelo site “Taboão em Foco”.
O cargo de adjunto tem vencimento (salário) alto, de R$ 8,5 mil – a renda por habitante de Taboão é, em média, de R$ 664,47 (2010). Vereador de 2013 até o ano passado, Porta, ex-pastor, não disputou novo mandato por ter perdido apoio da Igreja Universal. Lopes, que se desligou da igreja evangélica Paz e Vida e sofreu desgaste ao ser alvo da oposição, teve 981 votos (apenas o 38º mais votado) e não foi eleito – em 2012, foi eleito como 13º mais votado com 1.694 votos.
Lopes e Porta serão nomeados após comandarem na Câmara, como presidente e relator, respectivamente, a CPI da Cooperativa Vida Nova, presidida pelo ex-vereador e candidato a prefeito derrotado Aprígio (PSD), inimigo político de Fernando. Eles serão “recompensados” pelo prefeito pelo papel desempenhado, apesar de a CPI ter tido desfecho melancólico. Pela ausência dos outros membros da CPI, o relatório final não foi votado, para constrangimento dos dois.
Em forte evidência de que visou minar a imagem de Aprígio, a CPI criada para apurar “eventuais irregularidades” com prejuízo à municipalidade no desdobro junto à prefeitura, em 2006, de área às margens do rodovia Régis Bittencourt, não chamou Evilásio Farias, apesar de ser o prefeito na época. Questionado pelo VERBO, Lopes chegou a dizer que não convocou Evilásio apenas por achar que não compareceria. Evilásio não “incomodaria” – disputou a eleição inelegível.
Fernando nomeou, por enquanto, apenas o cunhado, Gerson Brito, como secretário de Transporte, no lugar de Rinaldo Tacola. O substituto de Gerson, que era secretário de Segurança, ainda não foi nomeado. A troca ocorreu, porém, antes da posse e da disputa da presidência da Câmara, vencida por Joice Silva (PTB). As novas nomeações são pensadas a partir da “guerra” no seio governista da escolha da nova direção do Legislativo, em que Fernando saiu como derrotado.
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